domingo, 20 de abril de 2008

Nós por Ela...

Bibi, fotografou toda a família hoje...


E Papai fotografou a nossa Artista...

Festa na Favela!


Esta é a imagem de hoje, no fundo de nosso quintal... É, nosso varal, cheio de roupas! E não só o nosso, quase todos estavam cheios. Aqui, isso significa muito... Significa vida fora da toca! O fato de não usar mais a secadora é motivo de alegria, já que o estar fora de casa realizando o simples ato de pendurar a roupa no varal é sinônimo de ar, sol, vizinhos, pássaros, etc.
Reparem bem que as cuecas não foram pro sol... Quando não se conhece o lodo, o melhor é seguir as pegadas de alguém, pra que inventar? Lembro-me de quando fiz um cruzeiro e na primeira noite aconteceu o jantar de gala. O máximo que sabia de etiqueta era que as roupas tinham que ter uma... Sentei à mesa e fui surpreendido por uma gama interessante de garfos de um lado e colheres do outro lado de meu prato... Mas como a mesa era pra quatro pessoas, minha salvação estava no casal de senhores muito distintos bem a minha frente, já que eles tinham idade bem mais avançada que a minha, e eram espanhóis, deu pra parceber que estavam cansados daquele tipo de requinte. Então, segui esta linha, fui olhando como eles usavam aquela ferramentaria toda e fiz o mesmo... Então, mas voltando as cuecas, tentei encontrar alguma coisa parecida com isso no varal dos vizinhos e não pude... Logo, achei melhor não arriscar, e mantive as peças íntimas dentro de casa... Lembrei de uma história parecida, ocorrida com meu amigo Wlamir, hoje vivendo em Floripa, mas na época, ele morava na Granja Viana em Sampa, e recebeu uma reclamação do vizinho que não gostou do visível varal que ele instalou no fundo de sua casa. O caso terminou com o vizinho construindo uma cerca ou algo assim, já que meu amigo lhe disse que no quintal dele ele poderia por varal onde bem entendesse, mas o mais legal era o Wlamir, muito gozador, descrevendo a cena do vizinho com aquele super deck chiquérrimo nos fundos do quintal, com aqueles convidados de luxo, servindo aquela champagne que os caras estouram na F1, e o varal cheio de cueca, das mais variadas cores...

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Montreal, Cultura e Verão!


Definitivamente o verão, ou algo muito parecido com ele, chegou! As galerias subterrâneas já não estão tão cheias, mas a rua... Estamos a 12 ou 14 graus e já tem gente andando descalço, sério, hoje vi uma menina com a sandalia na sacola e esperando o metro descalça na plataforma... Tem gente que dá aquela escapadinha as 4 da tarde só pra dar um rolê pelas calçadas da Sainte-Catherine, da Maisonneuve, ou da Boulevard René-Lévesque.
Acho que já comentei sobre isso: quando chegamos no último setembro, não entendíamos porque as pessoas ficavam tanto pro lado de fora das casas... Agora sabemos bem... E voltando as ruas, Montreal é uma cidade de 3 milhões de habitantes, se considerarmos a grande Montreal, mas o centro se resume nestas 3 ruas paralelas, claro que cortadas por inúmeras e divertidas outras travessas, onde muita coisa acontece, principalmente nesta época. Ontem por volta das 5 da tarde por exemplo, a rádio já dizia que a coisa tava fervendo na esquina da Sainte-Catherine e da Crescent por causa da festa do quinto, e aquele que esperávamos ser o último dos jogos do Canadien nesta série: perdemos em casa de 5 x 1... Agora jogamos amanhã em Boston, e se perdermos lá, trazemos a decisão prá cá de novo, prá última partida da melhor de sete... Mas, tudo bem, em resumo a cidade começa a ferver literalmente: são eventos em cima de eventos, logo teremos a Formula 1 (eu vou!!!), depois o festival de Jazz, o festival humorístico “Juste pour rire”, o festival de fogos de artifícios, etc.
A cidade aliás é forte em cultura, o governo apóia com projetos e grana, e os teatros são ativos, os museus são bem cuidados e em bom número, as crianças podem participar de aulas de música, canto, artes, etc., a produção musical é fortíssima, com alguns grupos de fama internacional (The Killers, por exemplo), isso sem falar no templo do Hockey, o “Centre Bell”, que abriga quase todos os shows indoor que por aqui passam, e olha que não são poucos. Este ano estarão ou por aqui já passaram: The Police, The Cure, Oasis, Santana, etc.
No mais estamos ótimos, aguardando a Mama pra o próximo sábado, e deixando a coisa rolar, na maresia... Bem contentes com o fato de poder sair na rua, só de camiseta, mesmo com apenas 12 ou 14 graus!
Este vídeo é da música “Gate 22” super tocada por aqui agora, de um grupo dos mais famosos chamado “Pascale Picard”.
Beijos a todos, adoramos os recados, e-mails e ligações que nos ajudam a vencer a saudades.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Hoje eu corri!!!

Peguei o metro do trabalho até a estação Jolicoeur, onde desço todo dia, já era tarde. Trocaram a versão de um software e não avisaram ninguém (pensa que não acontece isso aqui também?), ou seja, fiquei até 6 horas ou mais... Isso é absurdo... Trabalhei no sábado e hoje saí depois das 6!!!! Hahahaha... Mas não desisti, acho que é o único horário que vai dar pra encaixar alguma atividade física, então lá vou eu aproveitar a primavera!!!! Esta semana estão prometendo 18 graus, isso porque nevou no final de semana... Mas então, desci do metro e parti pra correria! A estação fica perto do canal que corta esta parte sul da ilha, separando um pedaço de ilha entre o canal e o rio, o belo Saint Laurent. Sai da estação – o clima estava propício: 9 graus! Cruzo a avenida que faz margem ao canal, e a ponte sobre o canal, e pego sentido oeste beirando o canal pela ciclovia. Aqui devo estar a umas 5 quadras da margem do Saint Laurent, ou seja, se seguisse reto após cruzar a ponte, logo estaria em sua margem, onde é mais legal de correr, mas não vamos inventar, faz pelo menos 2 anos que não corro nem 100 metros... A margem do canal é bonita também, o gramado já está ficando verde, mas as arvores, que são muitas, ainda não tem folhas. Os primeiros 15 minutos foram os de sempre: “Não vai dar...”. As pernas não queriam ir, o pulmão ardendo um pouco. Mas depois de estabilizar o ritmo – que beleza! ESTOU CORRENDO!!! Que saudades... Bom, estou escrevendo bem, ou seja, o cérebro e as mãos ainda sobraram... Vamos ver daqui a 48 horas...
E estamos nas finais do Hockey! O time da cidade, o “Canadien de Montreal” (http://canadiens.nhl.com/) passou com louvor aos play-offs: foi o campeão do lado leste, e esta fazendo a pele do Boston, amanhã é o quarto jogo da série, e o Montreal vence por 2 a 1. A cidade esta ligado nas finais, todo carro tem uma bandeirinha, muita gente com a camisa do time, que pra meu azar é tricolor: branco, vermelho e azul... Ufa... Temos que gostar de hockey (não é fácil, posso garantir...) já que aqui é o que há: o futebol é muito fraco, e só o Toronto tem time na NBA, mas ainda estamos a 600 Km de Toronto... O Caique chega da escola e já pega o seu blade (taco) miniatura (tem o tamanho ideal pra ele, uns 40 cm...) e sai procurando a bola. Ele raramente a pega com a mão, ou seja, nem pense em voley (hahahahahaha...) ou basquete, ele castanha o assoalho tentando acertar a redonda. Quando eu chego, após me recepcionar, ele sai atrás do tal do taco de novo, e abaixa pra procurar a bolinha. Mas o mais legal, e o que me deixa muito feliz é que, quando eu rolo a bola pra ele, as vezes ele esquece o que tem na mão e... Enche o pé!!!!

terça-feira, 8 de abril de 2008

Tudo que Queremos, ao mesmo tempo e AGORA!


Não dá pra deixar a cabeça parada num mundo como este, tudo acontece ao mesmo tempo, uma vez minha gerente me disse que costumava seguir aquele conselho do Lair Ribeiro "plano pra um mês, um ano e 5 anos", mas que os de um ano já estavam ficando impossíveis... Agora estamos nós, mais animados com o verão, começando curtir a casa, o bairro, a cidade, o meu trabalho, a vida, mas tem o "Toronto Calling", também podemos ir pra lá, temos gente do coração lá, mas também temos uma multidão em nosso coração aqui, etc.
Fora os dias em que ficamos com o saco cheio e queremos mesmo é estar de volta pra perto dos nossos, do café das cinco no Santander, do café após o almoço na 7 de Abril, do cachorro, dos nossos velhos que não sabemos até onde estarão por lá.
É certo que se lá estivessemos, certamente pensariamos em estar aqui, mas a vida apesar de corrida, passa aqui e lá, e queriamos estar nas duas vidas, nessas duas daqui e naquela de lá, entenderam?
Certo mesmo é que "la nave va", e na vida daqui agora já tomo café com dois amigos vez em quando, a Bibi foi com a turma toda a pé ao supermercado ontem (longe...) comprar os ingredientes pra hoje fazer a pizza! De peperoni, reclamou ela, mas comeu e gostou... Outro dia pediu leite pra tomar com o arroz-feijão do almoço... Angélica quase caiu pra trás e disse: preciso ir embora daqui logo... É, eles se adaptam num instante, mas ontem a Bi disse: Mãe, eu quero morar numa praia, onde tem areia, numa casa de palha!
Na vida daqui de lá, temos o OK pra sair da casa sem traumas, e na vida de lá a gente querendo estar mais perto de todo mundo, mas principalmente da D.Bia (mãe da Angélica)...
E pra provar que as coisas acontecem rápido na vida de lá, parabéns aos amados Lê, a Raquel e ao Rafa, que ganharam a Letícia! E eu nem sabia que eles estavam esperando por ela... rs... Parabéns a minha irmã, a Nany, e muita força nessa hora! Como diz meu sogro "uma cicatriz não sara do dia pra noite"...
E o porquê do vídeo: nestas horas so ele pra ajudar! Minha tia me mandou este vídeo ontem, homenagem póstuma ao George Harrison, o melhor dos 4. Estamos felizes, e certamente nosso Lord é que deixa todas as nossas vidas em paz!

domingo, 6 de abril de 2008

Tudo num Final de Semana!

Começou no sábado de manhã com a escolinha de circo, foi a vez da Angélica acompanhar a Bibi: as meninas no picadeiro e eu domando o leãozinho!
Chegando em casa, o Cai estava dormindo e eu e a Bibi decidimos levar nossos recicláveis ao mercado, já que cada lata ou garrafa vale 0,05 centavos! Amontoamos todas as latinhas, pet, long-neck sobre o carrinho do Cai e ela foi de bicicletinha, o mercado fica a uns 500 metros de casa. Que delícia, viva a primavera! Vamos pra rua aproveitar a chegada desta maravilha de estação, já que não aguentavamos ficar dentro de casa. E lá fomos nós, sob uma deliciosa temperatura de 7 graus positivos, felizes. A máquina que recolhe os vasilhames é interessante: ela engole as peças uma a uma, roda até encontrar a traja magnética, que uma vez lida permite a ela decidir se o material é reciclável ou não, ou seja, algumas são rejeitadas, mas as aceitas vão gerando créditos, que no final são impressos num recibo que pode ser usado nas compras ou trocado no caixa por dinheiro, e foi isso que fizemos, pra Bibi por no cofrinho. Depois voltamos mais vazios, a Bi cansada veio no carrinho e a Bike pendurada...
Chegamos em casa, o Cai já estava acordando. Almoçamos e fomos dar uma volta na beira do rio, o Cai no carrinho e a Bibi de novo na bike. Após três quarteirões sentido a margem, entramos na ciclovia que é super longa, da pra ir até o centro da cidade, mas pegamos o sentido oposto, contra a maré, e enquanto caminhavamos, as placas de gelo desciam no sentido contrário, algumas grandinhas, do tamanho de uma porta, traziam até uma gaivota ou outra descansando as asas. Nesse pedaço a correnteza é forte, existe a possibilidade de se fazer rafting partindo daqui de perto. Muita gente na ciclovia, apesar do friozinho e um pouco de vento, e algumas figuras interessantes... Um senhor passa por nós esquiando... E mais a frente, um surfista com roupa de neoprene integral, só sobrava o nariz pra fora, prancha ao lado, descansando um pouco também, esperando a próxima... onda? Paramos no ponto de encontro dos patos canadenses, coloridos tradicionalmente como os conhecemos – os verdadeiros exemplares bem ali a nossa frente. As crianças se divertem muito, jogamos algumas sementes de girassol, eles e as gaivotas gritaram muito, acho que de raiva, porque o bico deles não consegue abrir o girassol... É coisa pra quem tem bico torto...
De volta a casa, não poderiamos entrar e perder o sol e o calor de 7 graus. Decidi dar uma lavadinha no carro, já que após o inverno inteiro sem ver um pano com sabão, estava uma beleza. A água não era das mais agradáveis, mas o sol!!! Ele era o mais importante, o carro era só uma desculpa. A Bibi logo arrumou uma amiga, que tem uma irmãzinha que ao ver o Cai, gritou: “Kike!!!”... Ela estava até estes dias na mesma classe do Cai na escolinha, e mora a três casas da nossa... Estava feita a festa! Eu mandando de lava-jato (detesto lavar carro, mas o sol!!!) e a criançada correndo pra lá e pra cá, logo pintou uma bola de futebol, é soccer mesmo. O vizinho de cima já desceu e perguntou se podia por o carro dele na fila, etc e tal. É a velha formula “Brasileiro, sol e (uma espécie de...) praia!”.
Hoje fomos andar de bike com a Ananda, o ventinho estava um pouco mais forte, causa um desconforto maior, mas a temperatura bateu os 12! Caminhamos juntos pelo bairro com o Ale e a Kali (Pais da Ananda) e depois eles almoçaram em casa, e fomos dar um passeio até uma cidade vizinha, o Ale comprou uma BMX pra voltar a praticar, e fomos buscar na casa do rapaz, mas fomos por um caminho beirando o rio sentido sudoeste, é muito lindo: aquelas vilas costeiras com pequenos centrinhos, as mansões a beira-rio, os barcos ainda cobertos, ciclistas e a vista do rio imenso, quase não se vê a margem do outro lado.
Já na volta, avistamos novamente os pássaros voando em formação! Eles estão de volta, decretando o fim do inverno, que vai embora junto com as placas de gelo descendo o rio levando alguns de nossos medos, e nos traz mais vida a medida que sentimos o sol mais vivo em nossa pele ressecada pelo frio.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Várias, e nosso Sétimo Mês por Aqui

Hora Extra: hoje perto da 16 hs. o nosso líder chamou na sala de reunião. Lá dentro já estava o gerente, com cara de drama... Aquele suspense, todos entram na sala, eu já pensei “só podem ter perdido o contrato...”. Então ele começa a falar que a equipe mudou bastante, perdeu muita gente, muita gente nova, e cliente tá solidário, mas... Tem uma série de “pequenos melhoramentos” que eram pra estar prontos e o cliente tá cobrando, etc. e tal, e que ele sabia que todo mundo estava dando o máximo, estava cheio de trabalho, mas que nesta próxima semana precisaremos de um esforço maior pra finalizar estes projetos, e que talvez, se com toda a licença ele pudesse solicitar (Pô, fala logo...) que se possível nós fossemos no próximo sábado pra trabalhar e tirar o atraso. Meu, tudo isso pra pedir pra fazer hora extra um dia? Ce deve tá brincando... Na boa, enquanto isso pra eles é correria, eu to me sentindo de férias...
Eles tão lendo este blog...: Lembra ontem que falei de como é estranho não conhecer as pessoas com quem se trabalha, e como alguns são frios? Hoje pulou em minha tela um chat de um cara que eu só via copiado nuns mails, mas que eu nunca tinha me comunicado diretamente, tentando escrever em frances, contando que a mulher era do Quebec, que tinha dois filhos, que o mais velho jogava baseball, etc, etc. Depois me chamou num conference, mas como o outros não estavam disponíveis, falou o que precisava do trabalho e ficou conversando um tempão comigo, um cara bacana! Acho que eles andam lendo este blog...
Bibi: é incrível a facilidade da criança pra aprender uma nova língua... A Bibi agora a noite tava falando em ingles e frances, mudando de um pra outro e vice-versa como se fosse assim, normal... Angélica e eu só nos olhamos disfarçando. Enquanto ainda estamos entendendo ainda tá engraçado...
Caique: o cara tá muito carinhoso... Por mais cheio que seja o dia, quando chego ele sempre está na janela, em cima do sofá com a Angélica pra me ver, e dar aquele sorriso! Depois começa a pular e fazer a maior festa, e quando vou pra porta e entro, tem uma outra porta formando uma pequena salinha pra cortar o frio, ele já está lá abrindo a porta na ponta dos pés pra me encontrar. Falar ainda quase nada, as vezes um “Hi!”, outras um “Tchau”, e hoje falou “Água” direitinho.
Mais um Mês: amanhã completamos nosso sétimo mês por aqui. As vezes achamos muito, as vezes ainda achamos que nunca mais vamos voltar, e as vezes achamos que já é o bastante... Lembro da velha frase: “Ninguém disse que seria fácil...”, mas o que estamos tentando é manter o humor, enquanto esta divertido esta bom, quando começa a ficar chato não vale a pena, e tem sido difícil mas divertido. Pra comemorar, hoje nevou!!! Mais 5 cm. num inverno que já é o segundo da história em volume de neve e um dos mais longos também, já que nessa época o ano passado meu amigo Guilherme já estava jogando golf com os campos verdinhos... Neste ano, nem se a bolinha fosse preta...
Mas já vemos a grama em alguns parques e praças, ela esta um pouco queimada, mas já apareceu, e esta semana já tivemos incríveis 16 positivo num dia, o que pra gente já é como estar no Saara.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Quem é o dono desta voz mesmo???

Como quase nada mudou no último ano, no trabalho não poderia ser diferente... É muito estranho porque atendemos uma empresa dos USA como já disse, ou seja, toda a comunicação é feita por e-mail, chat ou fone. Estranho porque você conhece a pessoa pela voz apenas, tem que desenvolver uma outra sensibilidade pra saber quem é, como é, como gosta de trabalhar, etc. Aí, vem aquela tática nossa, a gente não consegue ser igual a eles, a gente sempre tenta saber algo, até pra poder dar aquela tirada de sarro, sabe como é. Alguns não permitem a mínima “aproximação”, logo de cara te cortam na maior, por exemplo, outro dia uma analista no e-mail: “... desculpe não ter respondido antes, estive afastada com uma gripe...”, e eu já entrei com “é, tenho dois filhos, eles também estiveram mal, blá, blá...” – ela nem tocou no assunto e continuou com os papos de negócios.
No chat que usamos vem o nome da cidade em que a pessoa fica, aí eu comentei com outra analista que tinha visto o lugar que ela morava no Google Map, ela imediatamente respondeu: “... é, e o meu marido e meus gêmeos...”... Era só o que me faltava...
Na véspera do Super-Bowl, eu mandei no chat pro cara um comentário e ele disparou a tc sobre futebol americano, que torcia pro New Orleans, o máximo! Eu pensei: pra ele ser legal assim, torcendo pra este time de uma região com grande população de negros, ele deve ser negro. Nos USA a gente sente um carinho por parte deles, uma certa afinidade acho que pelo fato de serem discriminados e a gente ser minoria também.
E a gente sempre desenvolve um personagem pra ocupar aquela voz ou aquela forma de escrita, já que tem gente que eu nunca ouvi a voz... E aí a imaginação vai: “Hi Marrrcelllo!”, e eu penso: esse é legal pacas! “Good Morning!”, essa é aquela com voz de gordinha... Tem uma que tc “Afternoon!!!”, e eu lembro dos nossos caipiras dizendo “Tarde!”. Ou então “CALL ME” – socoooorrooooo!!!! Vamos mudar de assunto...
E tem muita conference-call, com um monte de gente, aquela falação total parecendo recepção de cabeleireiro no sábado, e eu perdidaço tentando entender pelo menos alguma coisa. Mas hoje... Hoje foi a primeira conference que eu tive que falar e bastante... Comecei a suar ontem a noite, foi hoje logo as 9 hs., cheguei um pouco mais cedo, grifei as partes mais importantes e 8:59 respirei fundo, meti o fone no ouvido e disquei. “WELCOME TO THE READY CONFERENCE! BLÁ, BLÁ, BLÁ... AFTER THE TONE YOU WILL BE THE 3rd...” (Bem vindo a conferencia, após o tom você sera o terceiro a entrar...) É, e lá fui eu apresentar minha especificação técnica pra ser criticada pelas 4 analistas, mas foi tudo bem, gostaram, e mais contente fiquei eu de, ao menos, ser entendido...

quarta-feira, 2 de abril de 2008

O que faz falta em qualquer lugar do mundo...

Pão francês quentinho logo cedo.
Café Expesso no centro de São Paulo.
Almoço com os amigos do trabalho.
Descer pra tomar um café e jogar conversa fora durante o expediente quando se está com a cabeça cheia, e ter alguém como companhia.
Aquele lanche no final de tarde, com assuntos variando de física quântica até a vida da Simoní...
Praia.
Água de Côco.
Almoço de domingo em família.
Tirar onda com o fulano como se tira na língua-pátria.