quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Depois de tanto tempo...

Tenho que fazer um resumo de tudo que ocorreu... Mas não lembro aonde parei... Vou começar pelo primeiro dia de trabalho: peguei o bus às 8:11, ele leva 10 minutos pra chegar ao metro. Faço uma baldeação e chego à estação McGill, nome da Universidade que fica no complexo sub-terrâneo. Ainda não sabia entrar por baixo e nem tinha crachá, então, uma saidinha rápida na rua Maisonneuve pra uma caminhada de 20 metros até o número 650, quase na esquina da rua University. Estou adiantado: o metrô leva 25 minutos. Subo ao 8. andar onde fica a chefia, a recepcionista já conversa com outro novato. Entro, digo um "Bom dia" tímido e um rapaz já me chama pra foto do crachá. Vou até a sala, tiro a foto e volto. Ela me dá um monte de suprimentos de escritório que já havia separado pra mim, e uma caneca da empresa! Azul com "TEK Systems" escrito em branco. Ela me pede pra aguardar que meu chefe virá ao meu encontro, o Tad. Tad é Egípcio, tem um inglês difícil de entender (o que ele diria do meu...), mas é um cara de grande coração, super humano. Foi ele quem me entrevistou e me deu várias dicas sobre meu CV e sobre o mercado daqui, lembra? Após uns 10 min. lá vem ele. Vamos andando e ele vai me mostrando a empresa, até chegarmos a copa do 5. andar, piso onde fica minha sala. Tomamos um café, a máquina serve Moka, Chocolate, Água fervendo, e café francês, Colombiano ou meio-a-meio.
Entramos na sala. Na porta, que só abre com o crachá, existe também o controle de horário, ou seja, quando você vai ao banheiro ou à copa pegar um café, ou quando desce ao shopping, que fica 5 andares abaixo dos seus pés pra dar uma "voada", o velocímetro tá parado... Assustei um pouco... Entro e vejo uma sala grande, com várias baias separadas por divisórias de 1,70 de altura. São 85 pessoas atendendo a um cliente só, a CIGNA, gigante americana de seguros, com carro chefe no seguro saúde. Os micros tem acesso à internet limitado apenas aos sites da IBM, JAVA, e outros pra consulta de manuais. O e-mail é de uso exclusivo de trabalho, não é permitido passar e-mail pra endereço que não seja TEK ou CIGNA, e o micro não aceita disquete, USB, etc. Dentro da sala não são permitidos laptops ou fotos. Um cofre-forte, só sai informação impressa. Ah... O fax não envia, só recebe...
Tad me apresenta a equipe que faço parte: suporte à produção, ou seja, fone de plantão no rodízio, software que te assinala os chamados de erro abertos, nada muito novo e nem muito complicado, e nada muito interessante também, mas é a chance que preciso pra quebrar o gelo do 1. emprego por aqui. Após conhecer a equipe, composta por 4 pessoas, ele me leva até o Brasileiro, único dentre os 85 até a minha chegada. Daí pra frente tudo é festa, Tad desiste de mim devido a nossa calorosa troca de palavras, e deixa o resto das apresentações para o Guilherme, meu amigo Brasileiro que também habita aquela sala por 40 horas semanais. Ele já me dá todos os detalhes do esquema, conta que esse negócio de controle de hora não é lá tão rigoroso assim, mas que há algum tempo a contratante pediu pra ver os arquivos de horas registradas pela catraca... Deu um pouco de barulho, mas mesmo assim, dá pra relaxar... rs... Ufa...
Dos 85 de dentro da sala, apenas uns 6 ou 7 são Quebecois, e por isso fica fácil entender porque eles me contrataram com apenas 3 meses de Canadá, sem falar francês e com meu inglês péssimo... Língua enferrujada, mas hoje, após 9 dias está bem melhor... Mas juro que no 1. dia eu lembrei da Bibi após seu 1. dia na escola: "Tenho que contar duas coisas: 1. que não entendi nada do que eles disseram, e segundo que não gostei da comida..." Eu, ao menos tive melhor sorte na comida: o Guilherme me levou pra almoçar no shopping sub-terrâneo com outro Brazuca que já trabalhou na TEK pro mesmo cliente, chamado Antônio. Nada melhor que encontrar gente de casa!!!

terça-feira, 27 de novembro de 2007

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Novas Imagens... Que Falam mais que qq Palavra...

Sem tempo pra escrever, mas nao desisti... Aguardem... Fiquem com as imagens!!!!


segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Semana Looooooonnnnnnnnnggggggaaaaaaa!!!!

Ufa! Uma das mais longas da minha vida... É engraçado isso de campeonato: "a mais longa de minha vida", "a mais triste", "a mais bonita", "a mais emocionante", etc. Como a gente gosta de uma tabela, seja de pontos corridos ou mata-mata...
Mas vamos voltar a semana. Nem deu pra escrever muito: as meninas longe, e eu e Cai por aqui - tudo normal... É, já tinha passado por essa uma vez quando a Angélica viajou a trabalho e a Bibi tinha quase 2 anos, eu acho. Mas a insegurança de estar fora do país... Só estando com os meus sapatos pra sentir. Fora o resto... Ufa, mas tudo correu bem, ele ficou feliz da vida e nem sentiu muito a falta da Mãe... Quando viu as meninas, ficou de boca aberta, olhando... Acho que não tava entendendo nada: de onde re-surgiram essas dai... rs... E durante o domingo todo, sempre procurava meu colo, acho que trocou de dono!!! rs... Mas o cara ta muito legal, é um companheiro do peito, e já tá com dois dentinhos em baixo!!!
É isso aí: em momento de decisão tem que se desdobrar, e demos o melhor de sí!!!! Se aqui no lado de cima da tabela a emoção era grande, na parte de baixo ela foi total: a Angélica teve super sucesso no trabalho no Brasil, e voltou de lá realizada e com grandes possibilidades de trabalhar com a empresa que a levou pra lá! Foi até apresentada no evento de inauguração do escritório como membro da equipe!!! Muitos encontros, pessoas queridas, etc e tal.
Agora estamos assim, muda tudo de novo: se eu trampar e ela também, um para o francês e o outro continua, um leva pra escola e o outro busca, mas o que vale é disputar algo, pois a vida é assim: enquanto um já foi campeão faz tempo, o outro tá brigando pra não cair!
Enfim, domingo estavamos todos juntos de novo! Felizes e rindo do que passamos, cada um com seu país, cada um com seu time, cada um com seu esquema... E domingo é domingo, se não tem TV a gente ouve pela rádio - santa internet!!! Jovem Pan AM na cabeça, liguei atrasado... Goiás 1 x 0... Mas foi ligar e o Lulinha cruzou... "Lulinha"!!! É ironia demais, entendeu?
E vamos em frente defendendo todas, ninguém disse que seria fácil... Mas também ninguém poderia imaginar que seria tão divertido!!! E é nessa hora que a gente lembra de todo mundo que contribuiu de alguma forma pra nossa vida ter chegado até aqui, seja lá como for, mesmo que as vezes sem saber. E tudo vai dando certo, a bola segue de pé em pé, e faça neve ou faça frio a gente segue no jogo de corpo. Tudo aponta pra um final feliz, mas... Se um penalty acontecer no finalzinho, a gente "acende uma vela pra Deus e outra pro diabo", prende o folego naqueles eternos segundos entre o apito e a batida, como sempre se fez e sempre se fará em todo lugar do mundo...
A gente só cai lutando, mas seguimos por aqui, felizes, defendendo nosso arroz!

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

A 1a. Entrevista...

Sexta fiz minha primeira entrevista pra um emprego aqui. Primeiro recebi um telefonema da pessoa do RH, fazendo uma pré-entrevista, em inglês (ufa...) já que o cliente que eles atendem é americano (blá...). Normalmente, esta pré é feita em francês, e já havia feito duas e nada... Falta muito vocabulário, eles já dispensam de cara. Bom, mas em inglês deu, e marcamos uma entrevista com o coordenador da equipe que tinha a vaga, pra um bate-papo e teste técnico. É, isso mesmo, TESTE...
Chego lá, papo bom com o cara do RH - o típico "oba! oba!", aqueles papos de quem precisa fazer sua propaganda pro técnico te achar legal. Depois, eis que ele me apresenta o coordenador técnico, e ele me puxa umas folhas com um teste de cobol, CICS e DB2, coisa básica, mas sabe aquelas que você nunca escreveu? Lembra o primeiro ditado, quando caiu a palavra "essência"? Então, a mesma coisa, tudo que a gente faz, mas sintaxe que a gente nunca escreve... Bom, valeu pela pessoa que era o cara, aparentemente imigrante também, mas uma pessoa ótima, no final me deu até umas dicas de como melhorar meu CV pros padrões daqui, ou seja, pro próximo coordenador talvez... Valeu pela experiência e pela pessoa dele.
Esta semana estamos sozinhos, Cai e eu. Ele é uma criança e tanto, bem-humorado, simpático e companheiro, afinal, tem me deixado dormir a noite toda, coisa que não permite a mãe dele fazer!!! As meninas estão no Brasil, onde a paisagem deve estar bem diferente daqui: domingo as 14 hs. acabou o horário de verão (o momento estranho pra voltar o relógio...) e agora as 17 hs. já totalmente escuro. Os dias tem sido bonitos, e a temperatura tem ficado na casa dos 7 graus, um pouco menos de manhãzinha, um pouco mais ao meio-dia. As árvores já estão nuas, e as folhas que ainda resistem estão totalmente secas. A previsão era neve pra dia 18, mas hoje já adiaram novamente.
Meninas: estamos sentindo muito a falta de vocês, voltem logo. Nosso clube do Bolinha não tem graça sem vocês...
Ahhh! O resultado do processo de seleção sai esta semana... Sei lá, vamos aguardar!

sábado, 3 de novembro de 2007

Halloween nas Ruas...





Não imaginava que era assim... Todo mundo nas ruas do bairro, uma das ruas da praça interditada, e uma boa grana gasta pelos proprietários das casas pra ver quem deixa a casa mais assustadora. Tinha uma que o jardim era um cemitério, e a criança tinha que atravessá-lo pra chegar até a porta pra pegar os docinhos... Uma outra tinha um túnel totalmente escuro, com uma música do "Sexta-feira 13", parecia um trem fantasma... Essa acho que foi a casa que menos docinhos distribuiu... Até eu fiquei com medo...
No centro da praça tem um pavilhão com banheiros e salão, onde estava rolando uma festinha com música relacionadas ao tema, e distribuíam chocolate-quente (acho que fazia uns 8 graus), mas o legal mesmo era a viatura da polícia no meio da praça e a policial super bonita com um saco de doces na mão entrando na brincadeira na maior simpatia!
Este ano não deu pro Caique devido a temperatura. Não que ela vá mudar o ano que vem, mas ele vai crescer, claro. Fomos só Bi e eu, mas ele aproveitou na escola, onde todas as professoras estavam fantasiadas, e Angélica e eu, claro, fomos cada um com um chapéu pra entregar as crianças, o que eles acharam o máximo.
Acima as crianças e suas professoras.