sábado, 13 de dezembro de 2008

Formatura da Angélica no Curso do Banco CIBC


Esta semana fomos ao prédio central do CIBC pra festa de graduação após as 6 semanas de treinamento, e agora vamos esperar ansiosos pela contratação! E que prédio! Um arranha-céu no centro de Toronto, 56 andares e a festa foi no último... Que vista! A megalópole à noite é imponente.
Teve até divulgação num site de notícias da área financeira, com direito a entrevista com a Angélica. Veja trecho:
"This program exceeded my expectations," said Angelica Perboni, who
brings to Canada 18 years of banking experience in Brazil. "I gained a deep,
new knowledge about how banking works in Canada. I am now better prepared to
look for a job in financial services with all that I have learned here."
Veja na íntegra no site http://www.cnw.ca/en/releases/archive/December2008/10/c7955.html.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Peicz and Eimorr

É, o tempo passa e já estamos entrando no inverno. Pra nós na verdade ele já começou há tempos - ainda não estamos acostumados com esta história de 4 estações bem definidas, ou seja, desde que o termômetro baixou dos 15, estamos encolhidos.
Mas o fato é que estamos entrando em nosso segundo inverno – acho que a vida aqui se conta pelos invernos sobrevividos, mas seria bom que a contássemos pelas primaveras, estação mais esperada, mas ainda não chegamos lá.
De qualquer forma cá estamos prestes ao ano e meio de Canadá! Dentre todos os altos e baixos, sem dúvida com muito mais altos, nosso maior destaque está com a Bibi, nosso orgulho, merecedora do Oscar, Grammy, Nobel e tudo mais. É... Bianca esta lendo! Ela traz todo dia pra casa um livrinho daqueles com mais fotos do que texto, e temos que ler com ela. No final de semana são dois livros, o da sexta-feira, e o escolhido por ela na visita semanal à biblioteca. Pelos comentários, o sistema de ensino público começa a ser preterido frente ao particular, devido a pequenos atos de vandalismo e violência que tem ocorrido, e também devido a qualidade, mas nossa opinião até agora é outra, temos tido uma grata experiência até então.
E assim ela segue, cada dia um livro, uma nova palavra, e algumas vezes lê o livro sozinha sem necessidade de nossa ajuda. Trouxemos pra cá um chocalho artesanal, que tem estampado as palavras “PAZ” e “AMOR”. Bibi em seu desafio de ler tudo que encontra, leu pra mim toda satisfeita: “Peicz” e “Eimorr”...
Se tudo correr bem, ano que vem ambos irão para a escola de imersão em Francês, também uma opção oferecida pelo ensino público, onde o dia-a-dia é 90% na língua de Napoleão já na primeira série, que esperamos será o caso da Bianca.
Agora, quando estivermos com algum problema que nos remeta à saudade de casa, podemos pedir a Bianca que nos conte uma história, que apesar de não ser como os contos do lar, trará um pouco da certeza de estarmos no caminho certo.
Só pra terminar, outro dia eu estava num site que pediu minha senha, e a Bianca perguntou: “Você vai escrever ‘senha tal’?”. Eu perguntei por que, e ela mandou: “É o que eu escrevo pra entrar no computador da escola!”...

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

De Alma Lavada

O Canadá é um laboratório de raças, como já comentei, o país às voltas com a diversidade. É gente dos quatro cantos e curvas do mundo desembarcando aqui pra formar este mosaico social, e isto faz o corriqueiro muitas vezes incomum, como por exemplo, na cena de um certo cidadão que eu encontro no banheiro do escritório realizando sua cerimônia particular do lava-pés na pia...

Popularizada por Jesus, que num exemplo de humildade tomou bacia, água e toalha após a ceia final e lavou os pés dos discípulos, este ato era sinônimo de gentileza para com os visitantes naquela época, já que as viagens eram longas, as pessoas usavam sandálias, e as vias não eram pavimentadas. Assim, a primeira coisa que o anfitrião oferecia era o lava-pés, que era comumente realizado pelo cervo menor graduado da casa, daí o símbolo da humildade de Jesus ao tomar para sí tal tarefa. Na Índia já tinhamos esta cerimônia, mas com o sentido de purificação antes de qualquer ritual de oferenda ou adoração, e o ato simbólico de lavar os pés representa ainda hoje a purificação de todo o corpo e alma – na falta de um banho, um aconchegante lava-pés!

Mas vamos ao meu amigo do banheiro... Aqui no prédio onde trabalho não há banheiro individual por escritório, temos um andar com umas 12 salas, dentre elas consultórios, seguradoras, orgãos do governo, etc., e um banheiro masculine serve todo o andar. Assim, não raramente eu entro no banheiro por volta das 10:30 e encontro meu amigo descalço pisando sobre seu par de tênis, e com um dos pés dentro de uma das 3 pias (ufa, ainda bem que são 3...), lavando-o cuidadosamente. Quando nota minha presença, ele meio cabisbaixo me desfere um olhar meio que sem jeito, como quem tenta se esconder por entre a vasta sombrancelha, mas segue firme seu trabalho.

Na primeira vez, eu julguei de forma implacável: sujeitinho sujo... Como pode ser tão porco! Mas tomei a liberdade de analisar melhor a partir da segunda oportunidade, e notei que ele de certa forma se despia dos pertences de bolso, expondo uma outra parte de sua vida sobre a pia: um celular simples, papéis rascunhados, algumas moedas, e um cartão telefônico de chamadas internacionais... Então eu arrependido, repensei: talvez ele só tenha esta oportunidade durante todo o dia pra “limpar-se”... Sua face imigrante estava mais que confirmada através dos detalhes da cena, e eu já não sabia mais se ele era sujo ou coitado. Lembrei então da cerimônia do lava-pés, e pensei que talvez fosse a única forma dele se sentir banhado, após longas viagens por esta selva de pedras em busca de emprego, abrigo, ou alguma coisa qualquer que fizesse real a promessa que lhe fez desembarcar aqui.

Cheguei em casa, e durante meu banho quentinho, tentei lavar minha podre e mesquinha capacidade de julgar, e agora me sinto feliz ao ir ao banheiro e encontrá-lo por lá em seu ritual.

domingo, 30 de novembro de 2008

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Opiniões e Referências de Cada um

Seguimos aqui nossa rotina, um pouco mais distante do mágico momento da chegada e todas as suas surpresas, e cara a cara com a realidade. Toronto é realmente um outro mundo, de uma beleza metropolitana, as vezes futurista, com algumas grandezas, banhada pelo lago Ontário que a faz mais natureza, mas com seus becos e incidentes de uma metrópole, cidade grande marcada por uma certa mesmice, once tudo acontece mas pouco se muda, lugar ideal pra tocar a vida num rítmo lento, pouco inspirador.
Mas a boa de hoje foi a conversa entre Angélica e Bibi ontem ainda a mesa, após o jantar. Não sei qual foi o assunto e a Angélica disse:
- ... Quando a gente voltar a viver no Brasil, você pode fazer (não sei o que, que eu não lembro mais...)
A Bi olhou pra ela, pra mim, e mandou:
- Eu não quero mais voltar... E quero "v-i-s-i-t-a-r"!
A Angélica olhou pra ela, já com lágrimas nos olhos:
- Credo Bianca, você me assusta assim...
Ela ficou olhando a mãe nos olhos meio que tentando entender o porquê das lágrimas.
Confesso que também não esperava por esta...
Ontem não trabalhei e pude buscar a Bi na escola de "Ler e Escrever", como ela mesmo chama. Uma escola pública muito perto de casa onde ela faz o 2. ano preparatório por 2:30 hs. para ingressar ano que vem na escola de verdade, quando ficará por 6 horas. Na hora do "Bye" senti um certo distanciamento entre ela e a Profa., acho que uma fase nova onde a ligação entre a criança e o mestre já não tem mais aquele tom de afeto da creche, aquela coisa quease que mãe-filho. Ela me pareceu estar por ela só, sem muita dependência, sem muito carinho. Mesmo assim ela gosta muito, já sabe todas as letras, números, muitos fonemas, algumas palavras... Adora a sexta por ser o dia de ir a biblioteca da escola, e todo dia traz um livro que deve ser lido em conjunto com os pais, e alguma lição de casa no final de semana. A pronúncia continua evoluindo, e já esta a anos luz da minha...

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Nos no Marineland


Sexta passada fomos ao Marineland, parque com bichos d'agua como baleias, golfinhos, focas, ursos... Ops... Digamos entao um parque com animais, once passamos o dia. Fica em Niagara Falls, e depois passamos por la pra curtir o centro animado, com cassino, diversas atracoes, e as quedas tambem.
Voltamos tarde, cansados e felizes. As criancas se esbaldaram.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Nossa Lingua Portuguesa

A Bibi esta toda feliz! Aqui na província de Ontário, onde fica a cidade de Toronto, e a vizinha Mississauga, onde estamos vivendo, ela já pode ir a escola "de ler e escrever" como ela mesmo diz. E semana passada ela, que estava ficando o dia todo na escolinha infantil, estilo creche, partiu pro 1. dia de escola de verdade, apenas duas horas por dia neste ano, que aqui acabou de começar - o ano letivo vai de setembro a junho. E ela voltou contanto que formou fila pra entrar, tem sinal, a profa. chama "Missis" Nelson, e o mais legal: tem hora do lanche! (em duas horas da pra tudo isso??!!) E foi o máximo tê-la no meu pé, perguntando se eu não ia fazer minha marmita pra fazermos juntos... E ela que monta o lanche dela, nem adianta eu tentar... Mais uma etapa que ela inicia, e toda feliz porque sonha em ler e escrever.
E assim ela fica de manhã na escola infantil, com a Profa. Linda, uma Portuguesa que deve evitar nosso idioma por questões óbvias, e que a Bibi adorou também.
E por falar na língua de Camões, que nem sempre damos o devido valor, quero comentar sobre o tal dos Phrasal Verbs... Pra que? Não é "send an e-mail", mas sim "send out an e-mail"... Não é "set an indicator", é "set up..."... Não é "ramp the business", mas "ramp up"... Pra que simplificar, não é mesmo? Mas tem sido divertido.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

A Rotina Enfim

Enfim ele havia saido da rotina... Andar apressado, ele passava pela galeria subterrânea de acesso ao trem e ao chegar ao topo das escadaria percebeu que sua pressa era sem razão, ainda faltavam 3 minutos, e além do mais, ela estava dois metros a sua frente... Seria impossível o dia ter sido difícil assim para ela também...
Todos os dias ele saia do escritório no lado leste da cidade as 15:58, e as 16:01 pegava um pequeno trem de superfície que o levava ao metro. Eram 15 minutos até a estação final do pequeno trem, e durante este tempo ele sempre comia a outra metade de seu “muffin”, lendo o que faltava ler do jornal gratuito do metro, que ele sempre pegava no terceiro vagão, primeira porta. Após 15 anos nesta rotina, o último banco do lado direito até parecia ter o formato de seu traseiro. Entrava no vagão calmamente, batia no veludo azul do banco pra espantar qualquer sujeira e sentava, pendurando a mochila nos joelhos, pra ficar com as mãos livres pra folear um romance qualquer que ele sempre carregava para estes momentos de tranquilidade. Lia sempre após abrir uma bala de café, que adentrava sua boca sempre antes do porta fechar, aproximadamente 43 segundos após ele pisar no vagão. Eram 38 minutos que o levava de leste a oeste da cidade, e pelos mais fabulosos momentos do romance que ele devorava pela viagem a fora. Ao ouvir o anúncio da estação que tinha o nome de sua sobrinha mais nova, ele fazia uma pequena dobra no canto da página, guardava o livro no ziper central da mochila, e colocava o óculos de sol, já que deste trecho em diante o metro não era mais subterrâneo, dava para ver a paisagem vezes branca, outras pastel, ou ainda verde vivo. Contava assim mais 3 estações até levantar-se e ficar face a face com a porta, que abria sempre as 17:08, dando a largada pra sua corridinha ao fundo da plataforma, onde descia a escada, saia pela catraca e entrava na tal galeria subterrânea que dava acesso a plataforma do magnífico trem suburbano. Subia então a escadaria, passava pelo guichê dando um sorriso ao caixa, e abria a porta de acesso a plataforma. Andava todo dia os mesmos 27 metros até o quarto banco, ligava o radinho para ouvir um programa chamado “Beatles Break”, e tomava o último assento do lado direito sob o sol da tarde. Enquanto se deliciava ouvindo seu programa favorito, comia uma banana, e olhava para a esquerda para esperar a mesma cena vista todos os dias por volta das 17:19.
Ela abria a porta de acesso a plataforma sempre apressada, mas com um ar maroto-juvenil, que após tantos anos não era mais tão juvenil assim. Andava apressada pelo mesmo traçado vindo em sua direção. Usava roupas brancas que ele podia apostar serem de enfermeira, já que o calçado também era claro e limpo. Ela jamais olhara diretamente nos olhos dele, vinha firme buscando o horizonte, sempre como quem fosse passar direto, mas quando estava quase a sua frente, o cadarço se desatava... Ela repetia o mesmo olhar envergonhado, e com um meio sorriso, sentava-se todos os dias no mesmo banco, deixando um lugar vago entre eles. Ouvia-se então o sino do trem, e exatamente as 17:26 ele levantava, aguardava que ela se dirigisse a porta que se abria imediatamente a frente do local onde eles estavam, ambos aguardavam os passageiros descerem, entravam no vagão, mas nunca ousaram se sentar lado a lado.
Mas hoje algo incomum aconteceu, e a morte de um ente querido o fez chegar mais tarde ao escritório, o fez sair atrasado, e sem comer nada o fez perder o seu metro, e seu assento. Sem ler ou ver a cor das árvores, ele estava ali agora subindo as escadas correndo, e tantos anos se passaram pra ele estar numa desconfortável e atrasada distância de dois metros dela. Ela sorri para o caixa do guiche sem notar sua presença, caminha até a porta de acesso a plataforma, mas antes de abri-la, para e esfrega um de seus pés no outro cadarço, afrouxando-o. Olha para os lados dissimulada, abre a porta e caminha em direção ao banco de todo dia. Quando percebe o último lugar vazio ela olha para trás e percebe a presença dele, que não esboça qualquer reação. Ela senta no lugar de todo dia. Ele passa por ela e também senta no lugar de sempre. Talvez essa fosse a oportunidade pra dizer algo, mas... Seria muita mudança pra um só dia... E além disso ele nem havia ligado o radinho ainda e o seu programa favorito estava pra começar.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Um Pouco de Toronto


O tempo passa muito rápido, parece que mais ainda por estas bandas. Toronto é uma cidade grande, centro de um aglomerado de cidades menores, uma megalópole moderna, com uma vasta mas não tão complexa malha de metro, trem, ônibus, VLT e também um trem de superfície que roda pelas ruas do centro, nos moldes do saudoso “bonde”. Como toda cidade deste porte, Toronto não foge daquela face feita de concreto, mas que contrasta com belos parques, bairros residenciais, e o especial Lago Ontario, que mais parece um mar ao sul da cidade.
Os rostos são bem diferentes dos que vimos em Motreal, parecem menos relaxados, mais sérios e preocupados com o ritmo um pouco mais acelerado das coisas – uma cara mais séria, embora a diversidade parece quebrar um pouco este padrão, o que me parece bom. As nações se apresentam basicamente com três grandes grupos: os chineses, os indianos e os canadenses – aqui eles aparecem em maior número que os quebecois eram notados em Montreal. Aliás, em minha última semana por lá me disseram que “Toronto era uma grande cidade sem alma”... Cedo ainda pra dizer sim ou não...
A Oeste da metrópole fica Mississauga, uma cidade até que grande que mistura uma bela área residencial, com um bom número de empresas, e também uma parte rural, com pequenas propriedades produtivas cortadas por estradinhas-avenidas, once se navega sentindo um ar de interior, parecido com aquele do interior de São Paulo sentido Bragança Paulista. E é nesta cidade que estamos fincando os pés. Motivo: foi o lugar que conhecemos juntos, Angélica (Caique na barriga...), Bibi e eu, em 2006 quando estivemos por aqui pra visitar o nosso país-candidato naquela época, onde vivem nossos amigos de coração grande: Bruno (o pai), Ruth (a mãe), Matheus e Bia (os filhotes quase da mesma idade dos nossos), e a amiga-irmã-companheira-paupratodaobra Neide. Já que teriamos que enfrentar mais um adeus, que ao também fosse pra estar perto de pessoas queridas.
E cá estamos nós: falta encontrar as escolas pra Angélica poder ir pro trabalho, enquanto eu já estou indo pro meu desde segunda. Ahhh! E enfim temos a casa, mas os móveis ainda não chegaram... Mas esta é uma longa história, pra uns 10 posts...

terça-feira, 22 de julho de 2008

Final do Campeonato Canadense: Toronto x Montreal

Toronto x Montreal... Coincidência ou não, estamos no jogo final! O Montreal precisa de um empate pra ser o representante do Canadá no torneio da CONCACAF, uma espécie de Libertadores daqui. Ao Toronto, só a vitória interessa!
Este find empacotamos as coisas, estamos no esquema "Life in the Box", ou seja, de novo mais uns 3 meses indo trabalhar sem meia, todo mundo escovando o dente com a mesma escova, etc... Até encontrar tudo de novo... E foi difícil de achar empresa de mudança: lembrem-se que todo mundo muda nesta época, o que causa uma certa correria atrás dos serviços deste fim, mas conseguimos fechar ontem a empresa que fará a nossa nesta sexta, é sexta agora. Que ansiedade...
Mas em dia de jogo é assim mesmo, a ansiedade começa a tomar conta logo cedo, e afinal, não é sempre, ou melhor, quase nunca a gente tem oportunidade de assistir a um jogo de futebol por aqui, e ainda mais um jogo desta importância, que beleza!
Por falar em beleza, esta semana tem sido só de despedidas: almocei com meus amigos de trabalho mais próximos, e amanhã vamos almoçar só os Brazucas. Na quinta, meu último dia no escritório daqui, teremos o almoço com a galera toda: 26 pessoas já confirmaram, e segundo meu amigo Lei, o responsável pela organização destes eventos por lá, "eu sou popular"... A Bibi teve a honra de ter um domingo inteirinho com a profa. Caroline só pra ela: foram ao Biodome, uma atração turística legal daqui, com ambiêntes simulando algumas variações de nossa biosfera, com suas plantas e animais, e amanhã tem uma festa com todos os amigos numa espécie de Buffet nos moldes daqui.
Mas voltando ao jogo, depois do trabalho fomos cortar o cabelo no nosso Hair-Stylist, o Reinaldo, também Brasileiro, é claro, e a hora do jogo não chega: Montreal ou Toronto? Afinal, pra quem eu vou torcer? Até agora acompanhei o Montreal, mas vou morar em Toronto, e se o Montreal passar, só pela TV... Mas não dá pra ficar discutindo isso agora, vamos pro campo! Chegaaaaamos em caaaasa!!! Arranco o Caique do carro, ele não quer entrar, quer brincar lá fooooora! Num jogo de corpo, ponho ele pra dentro, e a Bibi já assuuuuume o comando da TVeeee... Tento pegar o controle, ela corta pra lá, dribla pra cá, e a Angélica apiiiiita na cozinha: hora do rango... Dou um carrinho e recupero o controle, rodo os canais e de passagem vejo que um esta transmitiiiiinnnnnndo!!! Rodo o resto dos canais pra ver se tem em algum outro lugar, e naaaaadaaaaa! Volto naquele canal, abro a Rufles, a cerveja trepida sozinha na geladeeeeeeira... Fico na retaguarda pra não perder o controle do meio-campo, seu eu der bobeira, perco a posse de bola, e a TV volta pro desenho... Sento no sofá, e... Nãããããããããããooooooo... É o jogo passado... O único canal que encontrei passando jogo, não ta passando o jogo de hoje, o último, o mais importante, o que define se o único time da cidade vai jogar no exterior, talvez contra times do México, quem sabe contra o Beckham...
Final de jogo: 1 x 1. Deu Montreal.

sábado, 19 de julho de 2008

Boas Idéias, boa Música!!!

Estou meio distante do mundo musical, que sempre amei, mas já tenho um novo companheiro de cordas de aço por aqui, pra dedilhar quando sobra um tempinho, afinal, não dá pra ficar sem...
Mas o que eu queria mesmo é apresentar o novo link ao lado "A Banda que eu Oço", do amigo Pedro, tocando com um amigo... Canadense... Ficamos sabendo ontem, e ouvi quase nada, mas... Bom, não vou falar nada, ouçam vcs mesmos...
http://www.myspace.com/sidecarider

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Festa da Brahama em Montreal



Quando estivemos aqui em 2006, a Brahama acava de chegar ao mercado de Montreal, e agora a campanha ganha força, claro, no inverno não dá vontade de tomar cerveja, mas ao primeiro sinal de calor...
Existem 3 ruas no centro da cidade que são badaladas, e sempre são fechadas para festas: Crescent, Peel e Saint Lourent (se não estou enganado...), e a Festa da Brahama ocupou a Crescent, fechada, com palco e tudo.
Durante a F1, fim de semana de muita badalação por aqui, as 3 ruas fechadas, mas depois conto da F1 - estive lá!!!
No mais tudo ótimo, a classe da Bi foi pro chafariz hoje... O Cai só quer saber da rua, todo mundo que chega ele não deixa entrar, pega pela mão e puxa pra fora... Ele é legal, mas não hospitaleiro...
A Angélica hoje passou boa parte do dia dando um trato no quintal, cortando a grama, podando os pinheiros... Com todas as mudanças que ainda estão por vir, parecemos calmos demais, mas é melhor assim.

terça-feira, 8 de julho de 2008

Um Cá, outro Lá



Tudo que é compromisso vira rotina... Não sei bem mais o que é rotina, mas escrever todo dia... Mas nunca é tarde pra tentar.
Sinto que estamos começando a romper a casca do ovo em que vivemos até aqui, afinal já estamos aqui desde setembro, há dez meses, e esta é a parte fácil para as crianças, mas difícil pra nós. Sempre comparamos, criticamos como se não fossemos parte disso aqui, e elogiamos como quem gostaria de ter o que há de bom desde sempre. Mas agora parece que isso esta acabando aos poucos, parece que nos sentimos mais daqui do que de outro lugar qualquer.
Em contra-partida, a vida em Toronto começa a se delinear mais e mais, acho que definitivamente estamos começando a nos despedir de Montreal. Estivemos por lá neste find, encontramos algumas opções de lugar pra morar, acho que no meu trabalho vai rolar uma transferência pra um escritório de lá, ainda atendendo o mesmo cliente, e tudo vai se desenrolando aqui e se atando por lá, como tem sido pra mim em particular nestes últimos 11 anos, acompanhados de 10 mudanças... É, contem comigo: saí da casa de meus pais em 97, fui pra Sampa em 99, comprei apto em 2001, vendi o apto em 2006 já nos preparativos pra vir pra cá e aluguei um outro em Sampa, entreguei este apto as vesperas do vôo, e mudei pra casa do meu sogrão, voamos pra cá e ficamos no NDG, mudamos pra onde estamos hoje em dezembro, e vamos mudar agora pra Toronto. Sei que tenho algo de cigano nas veias, minha avó por parte de mãe que o diga, e confesso que gosto disso, mas acho que tá na hora de firmar os alicerces, então estou planejando cá comigo de ficar neste próximo lugar por alguns anos pelo menos... Uns dois no mínimo por favor...

domingo, 20 de abril de 2008

Nós por Ela...

Bibi, fotografou toda a família hoje...


E Papai fotografou a nossa Artista...

Festa na Favela!


Esta é a imagem de hoje, no fundo de nosso quintal... É, nosso varal, cheio de roupas! E não só o nosso, quase todos estavam cheios. Aqui, isso significa muito... Significa vida fora da toca! O fato de não usar mais a secadora é motivo de alegria, já que o estar fora de casa realizando o simples ato de pendurar a roupa no varal é sinônimo de ar, sol, vizinhos, pássaros, etc.
Reparem bem que as cuecas não foram pro sol... Quando não se conhece o lodo, o melhor é seguir as pegadas de alguém, pra que inventar? Lembro-me de quando fiz um cruzeiro e na primeira noite aconteceu o jantar de gala. O máximo que sabia de etiqueta era que as roupas tinham que ter uma... Sentei à mesa e fui surpreendido por uma gama interessante de garfos de um lado e colheres do outro lado de meu prato... Mas como a mesa era pra quatro pessoas, minha salvação estava no casal de senhores muito distintos bem a minha frente, já que eles tinham idade bem mais avançada que a minha, e eram espanhóis, deu pra parceber que estavam cansados daquele tipo de requinte. Então, segui esta linha, fui olhando como eles usavam aquela ferramentaria toda e fiz o mesmo... Então, mas voltando as cuecas, tentei encontrar alguma coisa parecida com isso no varal dos vizinhos e não pude... Logo, achei melhor não arriscar, e mantive as peças íntimas dentro de casa... Lembrei de uma história parecida, ocorrida com meu amigo Wlamir, hoje vivendo em Floripa, mas na época, ele morava na Granja Viana em Sampa, e recebeu uma reclamação do vizinho que não gostou do visível varal que ele instalou no fundo de sua casa. O caso terminou com o vizinho construindo uma cerca ou algo assim, já que meu amigo lhe disse que no quintal dele ele poderia por varal onde bem entendesse, mas o mais legal era o Wlamir, muito gozador, descrevendo a cena do vizinho com aquele super deck chiquérrimo nos fundos do quintal, com aqueles convidados de luxo, servindo aquela champagne que os caras estouram na F1, e o varal cheio de cueca, das mais variadas cores...

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Montreal, Cultura e Verão!


Definitivamente o verão, ou algo muito parecido com ele, chegou! As galerias subterrâneas já não estão tão cheias, mas a rua... Estamos a 12 ou 14 graus e já tem gente andando descalço, sério, hoje vi uma menina com a sandalia na sacola e esperando o metro descalça na plataforma... Tem gente que dá aquela escapadinha as 4 da tarde só pra dar um rolê pelas calçadas da Sainte-Catherine, da Maisonneuve, ou da Boulevard René-Lévesque.
Acho que já comentei sobre isso: quando chegamos no último setembro, não entendíamos porque as pessoas ficavam tanto pro lado de fora das casas... Agora sabemos bem... E voltando as ruas, Montreal é uma cidade de 3 milhões de habitantes, se considerarmos a grande Montreal, mas o centro se resume nestas 3 ruas paralelas, claro que cortadas por inúmeras e divertidas outras travessas, onde muita coisa acontece, principalmente nesta época. Ontem por volta das 5 da tarde por exemplo, a rádio já dizia que a coisa tava fervendo na esquina da Sainte-Catherine e da Crescent por causa da festa do quinto, e aquele que esperávamos ser o último dos jogos do Canadien nesta série: perdemos em casa de 5 x 1... Agora jogamos amanhã em Boston, e se perdermos lá, trazemos a decisão prá cá de novo, prá última partida da melhor de sete... Mas, tudo bem, em resumo a cidade começa a ferver literalmente: são eventos em cima de eventos, logo teremos a Formula 1 (eu vou!!!), depois o festival de Jazz, o festival humorístico “Juste pour rire”, o festival de fogos de artifícios, etc.
A cidade aliás é forte em cultura, o governo apóia com projetos e grana, e os teatros são ativos, os museus são bem cuidados e em bom número, as crianças podem participar de aulas de música, canto, artes, etc., a produção musical é fortíssima, com alguns grupos de fama internacional (The Killers, por exemplo), isso sem falar no templo do Hockey, o “Centre Bell”, que abriga quase todos os shows indoor que por aqui passam, e olha que não são poucos. Este ano estarão ou por aqui já passaram: The Police, The Cure, Oasis, Santana, etc.
No mais estamos ótimos, aguardando a Mama pra o próximo sábado, e deixando a coisa rolar, na maresia... Bem contentes com o fato de poder sair na rua, só de camiseta, mesmo com apenas 12 ou 14 graus!
Este vídeo é da música “Gate 22” super tocada por aqui agora, de um grupo dos mais famosos chamado “Pascale Picard”.
Beijos a todos, adoramos os recados, e-mails e ligações que nos ajudam a vencer a saudades.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Hoje eu corri!!!

Peguei o metro do trabalho até a estação Jolicoeur, onde desço todo dia, já era tarde. Trocaram a versão de um software e não avisaram ninguém (pensa que não acontece isso aqui também?), ou seja, fiquei até 6 horas ou mais... Isso é absurdo... Trabalhei no sábado e hoje saí depois das 6!!!! Hahahaha... Mas não desisti, acho que é o único horário que vai dar pra encaixar alguma atividade física, então lá vou eu aproveitar a primavera!!!! Esta semana estão prometendo 18 graus, isso porque nevou no final de semana... Mas então, desci do metro e parti pra correria! A estação fica perto do canal que corta esta parte sul da ilha, separando um pedaço de ilha entre o canal e o rio, o belo Saint Laurent. Sai da estação – o clima estava propício: 9 graus! Cruzo a avenida que faz margem ao canal, e a ponte sobre o canal, e pego sentido oeste beirando o canal pela ciclovia. Aqui devo estar a umas 5 quadras da margem do Saint Laurent, ou seja, se seguisse reto após cruzar a ponte, logo estaria em sua margem, onde é mais legal de correr, mas não vamos inventar, faz pelo menos 2 anos que não corro nem 100 metros... A margem do canal é bonita também, o gramado já está ficando verde, mas as arvores, que são muitas, ainda não tem folhas. Os primeiros 15 minutos foram os de sempre: “Não vai dar...”. As pernas não queriam ir, o pulmão ardendo um pouco. Mas depois de estabilizar o ritmo – que beleza! ESTOU CORRENDO!!! Que saudades... Bom, estou escrevendo bem, ou seja, o cérebro e as mãos ainda sobraram... Vamos ver daqui a 48 horas...
E estamos nas finais do Hockey! O time da cidade, o “Canadien de Montreal” (http://canadiens.nhl.com/) passou com louvor aos play-offs: foi o campeão do lado leste, e esta fazendo a pele do Boston, amanhã é o quarto jogo da série, e o Montreal vence por 2 a 1. A cidade esta ligado nas finais, todo carro tem uma bandeirinha, muita gente com a camisa do time, que pra meu azar é tricolor: branco, vermelho e azul... Ufa... Temos que gostar de hockey (não é fácil, posso garantir...) já que aqui é o que há: o futebol é muito fraco, e só o Toronto tem time na NBA, mas ainda estamos a 600 Km de Toronto... O Caique chega da escola e já pega o seu blade (taco) miniatura (tem o tamanho ideal pra ele, uns 40 cm...) e sai procurando a bola. Ele raramente a pega com a mão, ou seja, nem pense em voley (hahahahahaha...) ou basquete, ele castanha o assoalho tentando acertar a redonda. Quando eu chego, após me recepcionar, ele sai atrás do tal do taco de novo, e abaixa pra procurar a bolinha. Mas o mais legal, e o que me deixa muito feliz é que, quando eu rolo a bola pra ele, as vezes ele esquece o que tem na mão e... Enche o pé!!!!

terça-feira, 8 de abril de 2008

Tudo que Queremos, ao mesmo tempo e AGORA!


Não dá pra deixar a cabeça parada num mundo como este, tudo acontece ao mesmo tempo, uma vez minha gerente me disse que costumava seguir aquele conselho do Lair Ribeiro "plano pra um mês, um ano e 5 anos", mas que os de um ano já estavam ficando impossíveis... Agora estamos nós, mais animados com o verão, começando curtir a casa, o bairro, a cidade, o meu trabalho, a vida, mas tem o "Toronto Calling", também podemos ir pra lá, temos gente do coração lá, mas também temos uma multidão em nosso coração aqui, etc.
Fora os dias em que ficamos com o saco cheio e queremos mesmo é estar de volta pra perto dos nossos, do café das cinco no Santander, do café após o almoço na 7 de Abril, do cachorro, dos nossos velhos que não sabemos até onde estarão por lá.
É certo que se lá estivessemos, certamente pensariamos em estar aqui, mas a vida apesar de corrida, passa aqui e lá, e queriamos estar nas duas vidas, nessas duas daqui e naquela de lá, entenderam?
Certo mesmo é que "la nave va", e na vida daqui agora já tomo café com dois amigos vez em quando, a Bibi foi com a turma toda a pé ao supermercado ontem (longe...) comprar os ingredientes pra hoje fazer a pizza! De peperoni, reclamou ela, mas comeu e gostou... Outro dia pediu leite pra tomar com o arroz-feijão do almoço... Angélica quase caiu pra trás e disse: preciso ir embora daqui logo... É, eles se adaptam num instante, mas ontem a Bi disse: Mãe, eu quero morar numa praia, onde tem areia, numa casa de palha!
Na vida daqui de lá, temos o OK pra sair da casa sem traumas, e na vida de lá a gente querendo estar mais perto de todo mundo, mas principalmente da D.Bia (mãe da Angélica)...
E pra provar que as coisas acontecem rápido na vida de lá, parabéns aos amados Lê, a Raquel e ao Rafa, que ganharam a Letícia! E eu nem sabia que eles estavam esperando por ela... rs... Parabéns a minha irmã, a Nany, e muita força nessa hora! Como diz meu sogro "uma cicatriz não sara do dia pra noite"...
E o porquê do vídeo: nestas horas so ele pra ajudar! Minha tia me mandou este vídeo ontem, homenagem póstuma ao George Harrison, o melhor dos 4. Estamos felizes, e certamente nosso Lord é que deixa todas as nossas vidas em paz!

domingo, 6 de abril de 2008

Tudo num Final de Semana!

Começou no sábado de manhã com a escolinha de circo, foi a vez da Angélica acompanhar a Bibi: as meninas no picadeiro e eu domando o leãozinho!
Chegando em casa, o Cai estava dormindo e eu e a Bibi decidimos levar nossos recicláveis ao mercado, já que cada lata ou garrafa vale 0,05 centavos! Amontoamos todas as latinhas, pet, long-neck sobre o carrinho do Cai e ela foi de bicicletinha, o mercado fica a uns 500 metros de casa. Que delícia, viva a primavera! Vamos pra rua aproveitar a chegada desta maravilha de estação, já que não aguentavamos ficar dentro de casa. E lá fomos nós, sob uma deliciosa temperatura de 7 graus positivos, felizes. A máquina que recolhe os vasilhames é interessante: ela engole as peças uma a uma, roda até encontrar a traja magnética, que uma vez lida permite a ela decidir se o material é reciclável ou não, ou seja, algumas são rejeitadas, mas as aceitas vão gerando créditos, que no final são impressos num recibo que pode ser usado nas compras ou trocado no caixa por dinheiro, e foi isso que fizemos, pra Bibi por no cofrinho. Depois voltamos mais vazios, a Bi cansada veio no carrinho e a Bike pendurada...
Chegamos em casa, o Cai já estava acordando. Almoçamos e fomos dar uma volta na beira do rio, o Cai no carrinho e a Bibi de novo na bike. Após três quarteirões sentido a margem, entramos na ciclovia que é super longa, da pra ir até o centro da cidade, mas pegamos o sentido oposto, contra a maré, e enquanto caminhavamos, as placas de gelo desciam no sentido contrário, algumas grandinhas, do tamanho de uma porta, traziam até uma gaivota ou outra descansando as asas. Nesse pedaço a correnteza é forte, existe a possibilidade de se fazer rafting partindo daqui de perto. Muita gente na ciclovia, apesar do friozinho e um pouco de vento, e algumas figuras interessantes... Um senhor passa por nós esquiando... E mais a frente, um surfista com roupa de neoprene integral, só sobrava o nariz pra fora, prancha ao lado, descansando um pouco também, esperando a próxima... onda? Paramos no ponto de encontro dos patos canadenses, coloridos tradicionalmente como os conhecemos – os verdadeiros exemplares bem ali a nossa frente. As crianças se divertem muito, jogamos algumas sementes de girassol, eles e as gaivotas gritaram muito, acho que de raiva, porque o bico deles não consegue abrir o girassol... É coisa pra quem tem bico torto...
De volta a casa, não poderiamos entrar e perder o sol e o calor de 7 graus. Decidi dar uma lavadinha no carro, já que após o inverno inteiro sem ver um pano com sabão, estava uma beleza. A água não era das mais agradáveis, mas o sol!!! Ele era o mais importante, o carro era só uma desculpa. A Bibi logo arrumou uma amiga, que tem uma irmãzinha que ao ver o Cai, gritou: “Kike!!!”... Ela estava até estes dias na mesma classe do Cai na escolinha, e mora a três casas da nossa... Estava feita a festa! Eu mandando de lava-jato (detesto lavar carro, mas o sol!!!) e a criançada correndo pra lá e pra cá, logo pintou uma bola de futebol, é soccer mesmo. O vizinho de cima já desceu e perguntou se podia por o carro dele na fila, etc e tal. É a velha formula “Brasileiro, sol e (uma espécie de...) praia!”.
Hoje fomos andar de bike com a Ananda, o ventinho estava um pouco mais forte, causa um desconforto maior, mas a temperatura bateu os 12! Caminhamos juntos pelo bairro com o Ale e a Kali (Pais da Ananda) e depois eles almoçaram em casa, e fomos dar um passeio até uma cidade vizinha, o Ale comprou uma BMX pra voltar a praticar, e fomos buscar na casa do rapaz, mas fomos por um caminho beirando o rio sentido sudoeste, é muito lindo: aquelas vilas costeiras com pequenos centrinhos, as mansões a beira-rio, os barcos ainda cobertos, ciclistas e a vista do rio imenso, quase não se vê a margem do outro lado.
Já na volta, avistamos novamente os pássaros voando em formação! Eles estão de volta, decretando o fim do inverno, que vai embora junto com as placas de gelo descendo o rio levando alguns de nossos medos, e nos traz mais vida a medida que sentimos o sol mais vivo em nossa pele ressecada pelo frio.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Várias, e nosso Sétimo Mês por Aqui

Hora Extra: hoje perto da 16 hs. o nosso líder chamou na sala de reunião. Lá dentro já estava o gerente, com cara de drama... Aquele suspense, todos entram na sala, eu já pensei “só podem ter perdido o contrato...”. Então ele começa a falar que a equipe mudou bastante, perdeu muita gente, muita gente nova, e cliente tá solidário, mas... Tem uma série de “pequenos melhoramentos” que eram pra estar prontos e o cliente tá cobrando, etc. e tal, e que ele sabia que todo mundo estava dando o máximo, estava cheio de trabalho, mas que nesta próxima semana precisaremos de um esforço maior pra finalizar estes projetos, e que talvez, se com toda a licença ele pudesse solicitar (Pô, fala logo...) que se possível nós fossemos no próximo sábado pra trabalhar e tirar o atraso. Meu, tudo isso pra pedir pra fazer hora extra um dia? Ce deve tá brincando... Na boa, enquanto isso pra eles é correria, eu to me sentindo de férias...
Eles tão lendo este blog...: Lembra ontem que falei de como é estranho não conhecer as pessoas com quem se trabalha, e como alguns são frios? Hoje pulou em minha tela um chat de um cara que eu só via copiado nuns mails, mas que eu nunca tinha me comunicado diretamente, tentando escrever em frances, contando que a mulher era do Quebec, que tinha dois filhos, que o mais velho jogava baseball, etc, etc. Depois me chamou num conference, mas como o outros não estavam disponíveis, falou o que precisava do trabalho e ficou conversando um tempão comigo, um cara bacana! Acho que eles andam lendo este blog...
Bibi: é incrível a facilidade da criança pra aprender uma nova língua... A Bibi agora a noite tava falando em ingles e frances, mudando de um pra outro e vice-versa como se fosse assim, normal... Angélica e eu só nos olhamos disfarçando. Enquanto ainda estamos entendendo ainda tá engraçado...
Caique: o cara tá muito carinhoso... Por mais cheio que seja o dia, quando chego ele sempre está na janela, em cima do sofá com a Angélica pra me ver, e dar aquele sorriso! Depois começa a pular e fazer a maior festa, e quando vou pra porta e entro, tem uma outra porta formando uma pequena salinha pra cortar o frio, ele já está lá abrindo a porta na ponta dos pés pra me encontrar. Falar ainda quase nada, as vezes um “Hi!”, outras um “Tchau”, e hoje falou “Água” direitinho.
Mais um Mês: amanhã completamos nosso sétimo mês por aqui. As vezes achamos muito, as vezes ainda achamos que nunca mais vamos voltar, e as vezes achamos que já é o bastante... Lembro da velha frase: “Ninguém disse que seria fácil...”, mas o que estamos tentando é manter o humor, enquanto esta divertido esta bom, quando começa a ficar chato não vale a pena, e tem sido difícil mas divertido. Pra comemorar, hoje nevou!!! Mais 5 cm. num inverno que já é o segundo da história em volume de neve e um dos mais longos também, já que nessa época o ano passado meu amigo Guilherme já estava jogando golf com os campos verdinhos... Neste ano, nem se a bolinha fosse preta...
Mas já vemos a grama em alguns parques e praças, ela esta um pouco queimada, mas já apareceu, e esta semana já tivemos incríveis 16 positivo num dia, o que pra gente já é como estar no Saara.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Quem é o dono desta voz mesmo???

Como quase nada mudou no último ano, no trabalho não poderia ser diferente... É muito estranho porque atendemos uma empresa dos USA como já disse, ou seja, toda a comunicação é feita por e-mail, chat ou fone. Estranho porque você conhece a pessoa pela voz apenas, tem que desenvolver uma outra sensibilidade pra saber quem é, como é, como gosta de trabalhar, etc. Aí, vem aquela tática nossa, a gente não consegue ser igual a eles, a gente sempre tenta saber algo, até pra poder dar aquela tirada de sarro, sabe como é. Alguns não permitem a mínima “aproximação”, logo de cara te cortam na maior, por exemplo, outro dia uma analista no e-mail: “... desculpe não ter respondido antes, estive afastada com uma gripe...”, e eu já entrei com “é, tenho dois filhos, eles também estiveram mal, blá, blá...” – ela nem tocou no assunto e continuou com os papos de negócios.
No chat que usamos vem o nome da cidade em que a pessoa fica, aí eu comentei com outra analista que tinha visto o lugar que ela morava no Google Map, ela imediatamente respondeu: “... é, e o meu marido e meus gêmeos...”... Era só o que me faltava...
Na véspera do Super-Bowl, eu mandei no chat pro cara um comentário e ele disparou a tc sobre futebol americano, que torcia pro New Orleans, o máximo! Eu pensei: pra ele ser legal assim, torcendo pra este time de uma região com grande população de negros, ele deve ser negro. Nos USA a gente sente um carinho por parte deles, uma certa afinidade acho que pelo fato de serem discriminados e a gente ser minoria também.
E a gente sempre desenvolve um personagem pra ocupar aquela voz ou aquela forma de escrita, já que tem gente que eu nunca ouvi a voz... E aí a imaginação vai: “Hi Marrrcelllo!”, e eu penso: esse é legal pacas! “Good Morning!”, essa é aquela com voz de gordinha... Tem uma que tc “Afternoon!!!”, e eu lembro dos nossos caipiras dizendo “Tarde!”. Ou então “CALL ME” – socoooorrooooo!!!! Vamos mudar de assunto...
E tem muita conference-call, com um monte de gente, aquela falação total parecendo recepção de cabeleireiro no sábado, e eu perdidaço tentando entender pelo menos alguma coisa. Mas hoje... Hoje foi a primeira conference que eu tive que falar e bastante... Comecei a suar ontem a noite, foi hoje logo as 9 hs., cheguei um pouco mais cedo, grifei as partes mais importantes e 8:59 respirei fundo, meti o fone no ouvido e disquei. “WELCOME TO THE READY CONFERENCE! BLÁ, BLÁ, BLÁ... AFTER THE TONE YOU WILL BE THE 3rd...” (Bem vindo a conferencia, após o tom você sera o terceiro a entrar...) É, e lá fui eu apresentar minha especificação técnica pra ser criticada pelas 4 analistas, mas foi tudo bem, gostaram, e mais contente fiquei eu de, ao menos, ser entendido...

quarta-feira, 2 de abril de 2008

O que faz falta em qualquer lugar do mundo...

Pão francês quentinho logo cedo.
Café Expesso no centro de São Paulo.
Almoço com os amigos do trabalho.
Descer pra tomar um café e jogar conversa fora durante o expediente quando se está com a cabeça cheia, e ter alguém como companhia.
Aquele lanche no final de tarde, com assuntos variando de física quântica até a vida da Simoní...
Praia.
Água de Côco.
Almoço de domingo em família.
Tirar onda com o fulano como se tira na língua-pátria.

segunda-feira, 31 de março de 2008

Fotos do Dia-a-Dia



O Caique foi à loja e queria subir no caminhão de bombeiro, mas eu sugerí outra coisa... A Bibi no dia da inscrição na escolinha de circo, toda feliz!
De resto tudo ótimo, vou dormir que segunda... Ninguém é de ferro...

domingo, 30 de março de 2008

Primavera Fria!

A Primavera está aí! Já podemos perceber os pássaros de volta a cidade, como estamos perto do rio, as gaivotas sobrevoam nossa casa as vezes. O clima está mais quente, quase todo dia tem feito entre zero e 1 grau, acreditem isto já é um avanço...
Muitas coisas pra contar, algumas certezas:
- Nosso mestre Indiano, Dr. Lele, veio, nos cativou e foi deixando saudades. Ele também tem um netinho, e adorou as crianças, riu muito com a Bianca tentando me mostrar tudo o que tinha aprendido na aula de circo no sábado passado... Estou muito enferrujado... Mas tê-lo aqui em casa foi uma oportunidade ótima. Saudades Dr. Lele!
- A Bibi está adorando a escola de circo! Neste find eu é quem fui parceiro dela, pra idade ela sempre tem que estar acompanhada e as atividades são em dupla pai-filho, muito legal, acho que gostei mais que ela! Pulei na cama elástica pela 1ª vez em minha vida!
- No trabalho, meu Karma saiu de férias! Férias pra mim? Não, pelo contrário, tudo que der de problema não tenho com quem dividir, e ele ainda deixou uma série de coisas pra eu fazer por ele... Mas beleza, estamos ai pra isso...
- Nossa ida pra Toronto agora é uma questão de tempo... Definitivamente, pra área da Angélica não tem emprego aqui sem Frances fluente, falado e escrito, e quando digo área, não que ela queira começar de onde parou no Brasil, sabemos que isso é impossível, mas mesmo pra qualquer trabalho administrativo, recepção, qualquer coisa de escritório, pedem o tal idioma, e ela esta ficando impaciente com esta situação, não tem estado feliz, e temos que pensar em todos, todos tem que estar bem. Pra minha área da pra se virar sem Frances, mas também fico limitado, e pra área de cartão, que são os grandes bancos que tem, também não se tem acesso sem ser fluente. Em Toronto, teremos ambos mais oportunidades, é uma cidade maior e centro financeiro, e só com o inglês. Não estamos nem confortáveis ainda com o inglês... E não temos tanto fôlego pra tirar o atraso do inglês e ainda aprender o Frances pra poder se integrar totalmente. Lá vamos nós pra mais uma... Ninguém disse que seria fácil...
- Angélica foi a New York, New York anteontem, sexta-feira, num bate e volta de bus, pra uma reunião. Pegou o bus na quinta-feira a noite, e ao chegar na fronteira quem disse que queriam deixá-la passar... Ela sempre teve problemas com isto: sempre vai pra salinha, perguntas mil, etc. Dessa vez não foi diferente, o oficial era muito legal e teve que insistir muito com seu chefe pra que ela pudesse adentrar o paraíso maravilhoso do justiceiro texano. Ela tem se achado meio gordinha, segundo ela porque não sai de casa e só come, e ela estava comentando hoje sobre isso quando me veio na cuca: será que os caras não queriam deixar você ir pra lá porque estavam com medo que você comesse a “Big Apple”?

domingo, 16 de março de 2008

Hospedes ILustres a Caminho

Já temos os próximos hóspedes com passagem comprada e tudo! Minha Mãe chega no final de abril e nossa amiga Régia chega no meio de maio. Neste find partimos em busca de mais camas pra acomodar as visitas, que esperamos não parem de chegar. Antes delas, quinta agora chega o 1. professor da Índia que Domingos e eu conseguimos trazer pra cá pra dar um curso de Ayurveda, terapia alternativa que passei a estudar depois de 2004 (http://www.ciyma.com.br/ayurveda/index.htm), e estou certo que será um find prolongado interessante, cheio de novidds.
Semana curta, sexta é feriado, e segunda 24.3 tbém, mas eu trabalho na segunda, não sei bem qual o motivo, mas tudo bem, já tá ótimo.
Sábado fomos a escola de circo www.e-cirqueverdun.com fazer inscrição pra Bibi, já tinhamos perdido duas turmas desde que chegamos devido a grande procura por vagas, mas desta vez conseguimos e ela ta toda feliz, sábado já tem aula, pena que não poderei acompanhar pois estarei em curso, mas no próximo estarei lá! Eles tem até formação colegial, ou seja, dá pra fazer um "high school" de circo! Vou tirar fotos e depois posto.
Esqueci de contar que semana passada fui chamado pela 1a. vez pra almoçar fora com os caras do trabalho sem ter como motivo a saída de alguém da empresa... Alguns da minha equipe tinham um almoço com nosso ex-líder que saiu mês passado, eu até postei a foto do almoço de despedida dele. Legal, fiquei contente por ter sido lembrado após 4 meses de empresa... Mas não foi bem assim, desde a 1a. semana o pessoal me chama pra almoçar no refeitório do prédio, surpreendentemente, logo na 1a. semana, mas é que trabalho com muitos imigrantes, esse é o motivo. As pessoas que trabalham com Quebecois não costumam ter a mesma sorte, assim como os americanos, eles são mais frios com relação a isto. Mas enfim, foi um almoço legal numa das praças de alimentação do subterrâneo, bom pra rever nosso ex-lider, um cara muito legal, mas muito melhor pro meu inglês... Mas ainda preciso de um tempo pra entender direitinho o que se fala a distância de duas mesas, com o barulho ambiente e de boca cheia... rs... Mas to chegando lá!
Peço desculpas por não responder todos os e-mails, comentários do blog, e scraps, mas aos poucos vou respondendo devido a correria, tenham certeza que eles estão aqui na fila, e obrigado demais, adoramos todos eles.
Não esqueçam que agora entramos no horário de verão e estamos apenas uma hora atrás de vcs, podem ligar pra gente! Este find tive vantagem: pude assistir a F1 mais cedo que vcs!!!
Boa semana, vamos dormir que amanhã é um outro dia. Certamente uma nova aventura!

quinta-feira, 13 de março de 2008

Um Fim de Semana Quente

A Montreal multi-cultural será invadida por muito verde neste domingo (Blá...), será o dia da parada de Saint Patrick, já que o Saint Patrick's Day será segunda-feira www.st-patricks-day.com
Dizem que Montreal tem uma das maiores paradas do mundo pra comemorar o tal Saint Patrick's.
Também pretendemos ir a estação de Sky que fica bem próxima daqui, aproveitar o restinho de neve www.tremblant.ca.
Na verdade queremos aproveitar o ótimo final de semana que esta previsto: montreal/weather com uma máxima de -3 pra domingo!!! Até que enfim chegou o calor... Buááááááá!!!!

quarta-feira, 12 de março de 2008

Síndrome "Call me"

Não é pessimismo achar que toda a vez que uma pessoa diz o maldito "Call me", tem coisa ruim vindo em minha direção. E eu vou explicar o por quê.
Otimista é aquele que abre a porta com -15 e sensação de -40 de pijama as 6 da manhã pra pegar o The Gazette (jornal) e ele não está lá, e mesmo assim o cara pensa "Eba, posso comprar o La Presse pra variar!". Já o pessimista, na mesma situação, pensa "Aquele @#$#$@($*#&%#&, basta a temperatura baixar de zero que o @@#@*%&#$¨&#$#& não me entrega o jornal, vou cancelar esta M@#$@#a!" Tudo bem, isto tá mais ligado ao humor, mas o pessimista não tem humor... O dia dele começa dai. Mas o meu dia não vive cinza, não sou assim, mas quando vejo a frase "Call me", penso que não deveria ter saido da cama.
Quando estive nos USA trabalhando, enfrentei uns americanos casca-grossa, que batiam sem dó, e voltei gostando muito menos deste povo, apesar de admirar algumas coisas de lá. E meu trabalho aqui é atendendo uma empresa dos USA, lidando basicamente com americanos por fone, e fui sorteado pra um sistema em que tenho que interagir com o PIOR dos americanos da empresa... É, parece mentira, não fiquei livre deles, e nem eles de mim. A maior parte das coisas rola por e-mail e chat, e como meu inglês ta muito ruim (esteve pior a 4 meses atrás qdo comecei lá), fico tranquilo enquanto tá na escrita. O problema não é falar, mas sim o branco que dá quando se está sob pressão, e o cara só sabe fazer isso, pressionar.
Ele vive numa cidade na região da Nova Inglaterra, norte dos USA, numa cidade de uns poucos habitantes, no meio do nada, ta prestes a aposentar e não gosta de ser perturbado com trabalho, segundo as más línguas. Entra as 7 e sai as 4, sabe muito, faz pouco e acha que a empresa funciona por causa dele. Não aceita ordens nem do presidente, não aparece nos conference-calls e trabalha de casa às sextas após o almoço. E detalhe dito pela própria boca do figura: não gosta de Canadense - eles estão roubando nossos empregos!
Acaba que chega eu, querendo compensar minha péssima fala com trabalho, querendo por as asinhas de fora e trabalhar, entender, resolver, no momento completamente oposto do dele, e ainda quando ele tenta reclamar comigo, não me afeta pq eu não entendo, e ele fica mais furioso pq não me entende!
Mas não é fácil. Lá to eu num dia tranquilo, preparando as coisas pra fechar a lojinha, quando o chat pula na minha tela com a frase "Call me"... Confesso que é pura emoção... "Que alegria" diria Sergião... E quando eu to precisando resolver algo urgente, e chega um ponto que não tem mais por onde, tenho que perguntar pra ele... Entro no chat e todo educado, explico a situação, mas a única resposta é... Call me... Meu, já fiz plantão e fiquei com trauma do toque do celular, sonhei que tinha sido arrastado por uma SUV amarrado numa corda pelo Texas, mas nunca imaginei que duas palavras pudessem fazer tão mal...
Mas vamos em frente, de alguma forma tenho que aprender algo por aqui, e esta sendo bom, acho que o primeiro impacto já foi, eles não me olham mais como se eu tivesse saido do primário e não tentam me ensinar aonde fica o "ENTER"...
O mais legal foi o dia que ficamos doente em família aqui, todos juntos num find. Ai eu não fui na segunda. Na terça fui meia-boca e no fim do dia, eu já abendando, o chat pula em minha tela... Ao invés do "Call me", ele pergunta: e ai, como foi a entrevista?
Num fim de tarde como estes, o otimista pensaria: Ufa, não pediu pra eu ligar! Já o pessimista...

segunda-feira, 10 de março de 2008

Horário de Verão - VIVA!!!!!

É... Depois de muito tempo, volto a postar por aqui. As coisas ruins da vida tomam o lugar das boas, as vezes... Mas estou de volta, espero que pra ficar.
Neste find voltamos ao horário de verão, que beleza! Apesar de hoje ainda estarmos a -8, só de poder pronunciar a palavra "VERÃO" já dá um alívio... Os dias, que terminavam as 16:16 hs, agora já se estendem até 18:18 hs, e mesmo com tanta neve (este inverno esta perto de bater o recorde de neve de todos os tempos...), já sentimos que ele está próximo, e ao contrário do que sentimos quando chegamos pelo inverno estar prestes a chegar, agora temos é uma grande ansiedade pelo tão conhecido calor. O inverno é realmente longo, a gente começa a ficar desanimado só de pensar em sair. Dá impressão que vamos parar até o frio terminar: "Tem que comprar água..." - "Ah, quando tiver calor eu vou...". "Tem que ir ao banco..." - "Com esse frio!!!". Até eles mesmos dizem que nunca se acostumam, apenas aprenderam a viver assim. Nós ainda não... Também, estamos no nosso primeiro, tenho certeza que no inverno que vem... Ééé... Sei lá...
Mas vamos as coisas divertidas do inverno: eu tentando gostar de Hockey pra ter o que comentar no serviço; o cara que o vizinho paga pra tirar o gelo que limpa a nossa garagem mas joga na do vizinho da frente, que fica uma fera e sai gritando na janela todos os palavrões do mundo; a comunidade toda unida no domingo de manhã, pá na mão, desenterrando carro, janela, porta, casinha do cachorro... O Caique, que todo cachecol que encontra pela casa, enrola no pescoço, manda um beijo quando cruza com vc e vai tentar abrir a porta da rua; o povo patinando de ré ao abrir a porta da estação do metro, porque o vento de dentro pra fora é tão forte, e o chão tem uma fina camada de gelo...
Saio do trampo na sexta as 17:30 hs, pego o metro que fica logo embaixo do predio, volto lendo uma coluna interessante do jornalzinho do metro de uma Quebecois vivendo em Paris. 30 min. depois, ponho a toca, cachecol, luva, fecho bem o casaco e desço pra pegar o bus. O motorista acorda um bêbado gritando "Monsieur!!!", e depois permite que embarquemos. Ligo o rádio, e vou ouvindo por 10 min até chegar meu ponto. Penso: Ufa! Posso tomar um vinho, ligar o som, brincar com as crianças, conversar com a Angélica... Chegou o find... O rádio toca "The Police", aquela que diz:
I'm an alien, I'm a legal alien
I'm an Englishman in New York

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Almoço no Trabalho


Galera, uma foto de um almoco com o pessoal do trabalho num restaurante Indiano no Centro de Montreal. Da esquerda pra direita, temos:
Svledana - Ucrania
Jian - China
Betty - Vietna
Andreas - Java
Kartono - Indonesia
Sze - China
???? (Nao eh da minha area...) - China
EU!!!!
Marco - Italia
Ranjit - India
RJ - Filipinas
Jeff - Quebec
Costa - Grecia
Felix - Egito

Faltou o Hailin (China) que foi Pai semana passada e estava fora, e o Brian (Turquia) que tirou a foto.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Uma fotinho da Familia Noel...

A nossa mudança....!!!!

Pois é, já fazia algum tempo que procurávamos algum imóvel perto da escolinha dos pequenos para facilitar a minha vida, e ao mesmo tempo não complicar a vida do Marcelo. Enfim, o encontramos! Quase que não assinamos o contrato, porque geralmente o contrato é de 12 meses e como fechamos o contrato no mes de dezembro, o proprietario fez o contrato de 18 meses para que vença exatamente no período da mudança aqui no Canada, sim eles tem o DIA DA MUDANÇA, que oficialmente é o dia primeiro de julho. Vendo isso escrito no contrato, o Marcelo, não queria assinar, não tiro a razão dele, mas depois de tanto cansaço, pedi a ele que não deixasse de assinar pois já tínhamos procurado tanto e no momento da assinatura... enfim, assinamos e iniciamos a nossa maratona de limpeza... sim, aqui eles não costumam limpar a casa como nós brasileiros. Isso me faz lembrar no nosso professor de francês daí do Brasil, um quebecois, nascido aqui, que uma vez comentou com a gente que não se conformava que a gente limpava a casa todos os dias... por que, perguntou ele... enfim, para não entrar muito no detalhe, iniciamos o nosso processo de limpeza e de organização das coisas e dos móveis novos (no dia anterior tinha comprado tudo novinho - essa foi uma das partes boas..., pois não tínhamos nada nosso na outra casa) na nova casa. Essa com mais espaço, quintal parao Toy quando ele vier... garagem, que ainda não sabemos se caberá o carro, mas temos não só uma mas duas garagens.... espero que a gente não se torne mais um habitante nessa terra que usa a garagem para ser um mecânica, funilaria, marcenaria... lugar armazenar tudo que não serve, igual aquele nosso quartinho de bagunça, só que aqui seria uma garagem de bagunça... estamos bem instalados, diria. Depois postaremos algumas fotos.
Falando nisso, devo iniciar agora o processo de faxina do dia... tento cada dia arrumar um cômodo para ver se consigo organizar tudo. Voila!!! Estou indo, nos falamos. Beijos

Nossa primeira visita!!! Puxarama fila!!!!!

Pois é, só faltou fazer um bolão pra saber quem puxaria a fila das visitas brasileiras. Garanto que se tivéssemos feito um bolão ninguém ganharia... Tivemos uma surpresa maravilhosa ao saber que o nosso amigo Salim, sim o Salim, com toda a sua família, entenda: esposa, filho, pais e sogra... até a sogra, com todo respeito essa brincadeira, pois ela é extremamente simpática, vieram nos visitar no mês de dezembro. Primeiramente foram a Quebec por tres dias, depois desembarcaram aqui em Montreal... pegaram os piores dias de inverno por aqui, por enquanto... Nos encontramos na noite de sexta-feira, dia 14 de dezembro, em casa para um papo muito descontraído, contanto coisas do Brasil, - que finalmente comecei a sentir saudades, estava me achando uma estranha, pois ate entao nao tinha sentido saudades dessa nossa terrinha,... - e coisas daqui de Montreal, afinal eles vieram para conhecer o nosso dia a dia... Bianca amou, pois pôde brincar com o Davi, o filho do Salim, que é um menino muito dócil, educado e, uma criança, que trouxe mais alegria pra todos nós e especialmente pra a Bi que pôde brincar com uma criança que fala português!!!! Ah, como ela curte isso! Aqui ela tem seus amiguinhos na escola, mas ainda não é a mesma coisa, e nem sei se um dia será, pois eles não tem o mesmo sangue que a gente... brincam diferente e não tem o mesmo espírito que nós brasileiros, enfim... ela também brinca por aqui, mas adora mesmo encontrar um (a) brasileirinho (a).
Então essa visita pôde nos proporcionar momentos maravilhosos, esse foi o nosso primeiro encontro, nos encontramos outros dias, levei o Salim e a Lu pra conhecerem o novo ambiente escolar da Bi, a Garderie... enfim... uma visita muito agradável! Obrigada família SALIM!

Nao desistam do nosso BLOG!!!!!

Oi Galera. Depois de tanto tempo sem noticias, resolvi dar satisfação da nossa ausência. Bem como vocês sabem o Marcelo começou a trabalhar no mes de novembro... eu, depois da minha viagem ao Brasil, comecei a trabalhar pela Empresa de Toronto em casa, entao fiquei encarregada pela casa, pelos pequenos, pelo trabalho... ufa, estou tentando dar conta, mas não é fácil! Para quem tinha ajuda diária em São Paulo, estamos camelando um pouco, mas tentando administrar. Vamos postar os fatos de dezembro um a um, pois cada um tem um detalhezinho para relatar. Beijos a todos e até daqui a pouco.