Quando a gente tá assim longe e tudo é tão novo, até a gente mesmo acha que não há tempo pra saudade. Mas é certo que a saudade vem, e em cada um bate de um jeito.
Eu, particularmente acho que esse negócio de distância não é o pior, até porque muitas vezes a gente mora perto e fica tanto tempo sem ver as pessoas. E as vezes a gente vê tanto que preferia não estar tão perto. Acho que tenho um certo tipo de saudade seletiva, talvez pela área de atuação - a tal da lógica...
Tem amigo do peito que a gente diz tchau, mas sabe que vai ver em breve, não tem a mínima dúvida. Assim também com os parentes e a família. É claro que ninguém pode ter certeza de nada, nem eu mesmo que terminarei este postttttttttttttttttttttttttttttttttttttttttttttttttttttttttttttttttttttttttttttttttt
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Brincadeirinha, não morri sobre a tecla não, rs... Enfim, destes que a gente sabe que vai rever, tenho uma saudade branda, algo que não encomoda, mas que traz aquela melancolia boa, de rir sozinho quando a gente lembra.
Mas pela tal da lógica, nossa pobre cabeça achando que sabe até disso, tem gente que a gente sente que pode não voltar a ver, não que eu voluntariamente pense nisso, mas é algo natural. Em 2002 quando fui trabalhar fora do país, minha avó Margarida, mãe de minha mãe, disse ao se despedir: "Oh, Marcelo, acho que a gente não vai se ver mais..." Acho que esse é o modo mais fácil de explicar esta minha forma de saudade.
E são essas as pessoas que me fazem sentir mais, que me fizeram chorar mais na hora do adeus. Hoje falei por fone com minha outra avó, Cida, mãe de meu pai. Ela esta ótima, conversou legal comigo, mas mesmo assim chorei mais um pouco por aqui...
Ahhh... A minha vó Margarida? Está ótima também, ganhei seu abraço em mais esta despedida!!!
Acima uma foto. Não, não, ela é de verdade sim...
Um comentário:
Eu não sei o que surpreende mais: as observações agudas contidas no seu texto, a perspectiva nas entrelinhas ou a identificação da parte de alguém que trilha caminho muito semelhante ou idêntico ao que você já percorreu antes. Obrigado pelo registro publicado, mesmo que a intenção não fosse ser de serventia a quem você desconhece.
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