Quebec da Garoa...
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
O que é Sistema de Saúde Universal?
O sistema de saúde Canadense, muito comentado mundo afora, é universal, ou seja, para todos os cidadãos Canadenses e pessoas legalmente residentes que tenham uma categoria de visto que de direito a cobertura do sistema de saúde, como nós, por exemplo, que não temos a cidadania, mas temos visto de residente permanente, que nos permite trabalhar, frequentar escolas públicas, e usufruir do sistema universal de saúde.
Além de ser para todos, a saúde não foge a regra mais importante no Canada: todos são iguais, o que significa, mais especificamente no caso do sistema de saúde que se existe uma fila para ser atendido, ela deve ser respeitada por qualquer um, seja ele do alto escalão do governo, ou o mais simples cidadão.
O processo em sí em bem interessante, todo cidadão tem por direito que estar ligado a um médico de família. Este será sempre a porta de entrada para o sistema, ou seja, excetuando-se emergências, todo e qualquer procedimento deve ser iniciado com uma consulta ao médico de família, que após efetuar uma triagem, encaminhará o caso ao especialista, ou solicitará um exame, e assim por diante. Isso acaba por eliminar uma série de procedimentos desnecessários uma vez que boa parte dos casos é resolvido já no consultório do seu médico, o que representa uma economia enorme aos cofres públicos.
Cofres públicos que logicamente são a fonte monetária do sistema, once a verba que vem de todos deve ser usada democraticamente pelo sistema, já que todos tem direitos iguais. Simples como parece, mas que acaba gerando uma certa busca obstinada pela tal economia de recursos, criando o popularmente conhecido "sistema Tylenol"... Foi ao médico de família com dor de cabeça: Tylenol. Dor de barriga: Tylenol. Nos ossos: Tylenol. Na garganta: Tylenol... Não é qualquer dorzinha que vai te dar direito a um RX, exame de sangue, e de urina, pois se todo mundo começar a fazer exames, acaba a verba, e alguém vai ficar sem.
Exemplo da Angelica: tem o nível de prolactina alterado desde o nascimento do Caique em Fevereiro de 2007, e vem acompanhando aqui desde o começo de 2009. Conseguiu consulta com um especialista pra Março de 2010. Isso porque este hormônio alterado pode representar a persença de tumor.
E este tempo de espera pode ser ainda mais polêmico quanda se trata de emergência, pois se todos tem o direito significa que todos em situação de emergência vão ter que entrar pela mesma porta do hospital mais próximo, causando fila. Como priorizar a emergência então? Nunca precisamos dela até então (bate na madeira...), mas o que se comenta é que existe uma escala de gravidade de 1-9, e cada caso é associado a este grau de importância. Resultado: nosso vizinho de 7 anos ficou 10 horas na fila com o braço fraturado porque não existia dor, filho de um amigo demorou 6 horas com corte na cabeça, etc.
Mas existe outra opção? Não. O canada não permite convênio privado, o sistema de saúde é público e todos devem ser tratados de forma igual, portanto devem enfrentar as dificuldades também. Existe pressão e discussões para a abertura do sistema ao setor privado, mas nada até aqui, e assim vamos: estima-se que 1 milhão de habitantes não possuam médico de família, já que existe falta de médicos; o sistema canadense foi incluído num ranking onde foi comparado com outros sistemas de países com as melhores economias do mundo, e foi classificado entre os últimos, e por ai vai.
Mas seria injusto tratar somente dos pontos negativos, e não é essa minha intenção, mas isso será assunto para um novo post.
Além de ser para todos, a saúde não foge a regra mais importante no Canada: todos são iguais, o que significa, mais especificamente no caso do sistema de saúde que se existe uma fila para ser atendido, ela deve ser respeitada por qualquer um, seja ele do alto escalão do governo, ou o mais simples cidadão.
O processo em sí em bem interessante, todo cidadão tem por direito que estar ligado a um médico de família. Este será sempre a porta de entrada para o sistema, ou seja, excetuando-se emergências, todo e qualquer procedimento deve ser iniciado com uma consulta ao médico de família, que após efetuar uma triagem, encaminhará o caso ao especialista, ou solicitará um exame, e assim por diante. Isso acaba por eliminar uma série de procedimentos desnecessários uma vez que boa parte dos casos é resolvido já no consultório do seu médico, o que representa uma economia enorme aos cofres públicos.
Cofres públicos que logicamente são a fonte monetária do sistema, once a verba que vem de todos deve ser usada democraticamente pelo sistema, já que todos tem direitos iguais. Simples como parece, mas que acaba gerando uma certa busca obstinada pela tal economia de recursos, criando o popularmente conhecido "sistema Tylenol"... Foi ao médico de família com dor de cabeça: Tylenol. Dor de barriga: Tylenol. Nos ossos: Tylenol. Na garganta: Tylenol... Não é qualquer dorzinha que vai te dar direito a um RX, exame de sangue, e de urina, pois se todo mundo começar a fazer exames, acaba a verba, e alguém vai ficar sem.
Exemplo da Angelica: tem o nível de prolactina alterado desde o nascimento do Caique em Fevereiro de 2007, e vem acompanhando aqui desde o começo de 2009. Conseguiu consulta com um especialista pra Março de 2010. Isso porque este hormônio alterado pode representar a persença de tumor.
E este tempo de espera pode ser ainda mais polêmico quanda se trata de emergência, pois se todos tem o direito significa que todos em situação de emergência vão ter que entrar pela mesma porta do hospital mais próximo, causando fila. Como priorizar a emergência então? Nunca precisamos dela até então (bate na madeira...), mas o que se comenta é que existe uma escala de gravidade de 1-9, e cada caso é associado a este grau de importância. Resultado: nosso vizinho de 7 anos ficou 10 horas na fila com o braço fraturado porque não existia dor, filho de um amigo demorou 6 horas com corte na cabeça, etc.
Mas existe outra opção? Não. O canada não permite convênio privado, o sistema de saúde é público e todos devem ser tratados de forma igual, portanto devem enfrentar as dificuldades também. Existe pressão e discussões para a abertura do sistema ao setor privado, mas nada até aqui, e assim vamos: estima-se que 1 milhão de habitantes não possuam médico de família, já que existe falta de médicos; o sistema canadense foi incluído num ranking onde foi comparado com outros sistemas de países com as melhores economias do mundo, e foi classificado entre os últimos, e por ai vai.
Mas seria injusto tratar somente dos pontos negativos, e não é essa minha intenção, mas isso será assunto para um novo post.
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quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
Do mundo virtual ao espiritual
Ao viajar pelo Oriente, mantive contatos com monges do Tibete, da Mongólia, do Japão e da China. Eram homens serenos, comedidos, recolhidos em paz em seus mantos cor de açafrão. Outro dia, eu observava o movimento do aeroporto de São Paulo: a sala de espera cheia de executivos com telefones celulares, preocupados, ansiosos, geralmente comendo mais do que deviam. Com certeza, já haviam tomado café da manhã em casa, mas como a companhia aérea oferecia um outro café, todos comiam vorazmente. Aquilo me fez refletir: 'Qual dos dois modelos produz felicidade?
'Encontrei Daniela, 10 anos, no elevador, às nove da manhã, e perguntei: 'Não foi à aula?' Ela respondeu: 'Não, tenho aula à tarde'. Comemorei: 'Que bom, então de manhã você pode brincar, dormir até mais tarde '.
'Não', retrucou ela, 'tenho tanta coisa de manhã...' 'Que tanta coisa?', perguntei. 'Aulas de inglês, de balé, de pintura, piscina', e começou a elencar seu programa de garota robotizada. Fiquei pensando: 'Que pena, a Daniela não disse 'tenho aula de meditação'!
Estamos construindo super-homens e super-mulheres, totalmente equipados, mas emocionalmente infantilizados. Por isso, as empresas consideram agora que, mais importante que o QI, é a IE, a Inteligência Emocional . Não adianta ser um super-executivo se não consegue se relacionar com as pessoas. Ora, como seria importante os currículos escolares incluírem aulas de meditação!
Uma progressista cidade do interior de São Paulo tinha, em 1960, seis livrarias e uma academia de ginástica; hoje, tem sessenta academias de ginástica e três livrarias! Não tenho nada contra malhar o corpo, mas me preocupo com a desproporção em relação à malhação do espírito. Acho ótimo, vamos todos morrer esbeltos: 'Como estava o defunto'? 'Olha, uma maravilha, não tinha uma celulite'! Mas como fica a questão da subjetividade? Da espiritualidade? Da ociosidade amorosa?
Outrora, falava-se em realidade: análise da realidade, inserir-se na realidade, conhecer a realidade. Hoje, a palavra é virtualidade. Tudo é virtual. Pode-se fazer sexo virtual pela internet: não se pega Aids, não há envolvimento emocional, controla-se no mouse. Trancado em seu quarto em Brasília, um homem pode ter uma amiga íntima em Tóquio, sem nenhuma preocupação de conhecer o seu vizinho de prédio ou de quadra! Tudo é virtual, entramos na virtualidade de todos os valores, não há compromisso com o real! É muito grave esse processo de abstração da linguagem, de sentimentos: somos místicos virtuais, religiosos virtuais, cidadãos virtuais. Enquanto isso, a realidade vai por outro lado, pois somos também eticamente virtuais.
A cultura começa onde a natureza termina. Cultura é o refinamento do espírito. Televisão, no Brasil com raras e honrosas exceções , é um problema: a cada semana que passa temos a sensação de que ficamos um pouco menos cultos. A palavra hoje é 'entretenimento' ; domingo, então , é o dia nacional da imbecilização coletiva. Imbecil o apresentador, imbecil quem vai lá e se apresenta no palco, imbecil quem perde a tarde diante da tela. Como a publicidade não consegue vender felicidade, passa a ilusão de que felicidade é o resultado da soma de prazeres: 'Se tomar este refrigerante, vestir este tênis, usar esta camisa, comprar este carro, você chega lá!' O problema é que, em geral, não se chega! Quem cede, desenvolve de tal maneira o desejo que acaba precisando de um analista. Ou de remédios. Quem resiste, aumenta a neurose.
Os psicanalistas tentam descobrir o que fazer com o desejo dos seus pacientes. Colocá-los aonde? Eu, que não sou da área, posso me dar o direito de apresentar uma sugestão. Acho que só há uma saída: virar o desejo para dentro. Porque para fora ele não tem aonde ir! O grande desafio é virar o desejo para dentro, gostar de si mesmo, começar a ver o quanto é bom ser livre de todo esse condicionamento globalizante, neoliberal, consumista. Assim, pode-se viver melhor. Aliás, para uma boa saúde mental três requisitos são indispensáveis: amizades, auto-estima,
ausência de estresse.
Há uma lógica religiosa no consumismo pós-moderno. Se alguém vai à Europa e visita uma pequena cidade onde há uma catedral, deve procurar saber a história daquela cidade - a catedral é o sinal de que ela tem história. Na Idade Média, as cidades adquiriam status construindo uma catedral; hoje, no Brasil, constrói-se um shopping center. É curioso: a maioria dos shopping centers tem linhas arquitetônicas de catedrais estilizadas; neles não se pode ir de qualquer maneira, é preciso vestir roupa de missa de domingo. E ali dentro sente-se uma sensação
paradisíaca: não há mendigos, crianças de rua, sujeira pelas calçadas...
Entra-se naqueles claustros ao som do gregoriano pós-moderno, aquela musiquinha de esperar dentista. Observam-se os vários nichos, todas aquelas capelas com os veneráveis objetos de consumo, acolitados por
belas sacerdotisas. Quem pode comprar à vista, sente-se no reino dos céus. Se deve passar cheque pré-datado, pagar a crédito, entrar no cheque especial, sente-se no purgatório. Mas se não pode comprar, certamente vai se sentir no inferno... Felizmente, terminam todos na eucaristia pós-moderna, irmanados na mesma mesa, com o mesmo suco e o mesmo hambúrguer do McDonald's.
Costumo advertir os balconistas que me cercam à porta das lojas: 'Estou apenas fazendo um passeio “socrático” Diante de seus olhares espantados, explico: 'Sócrates, filósofo grego, também gostava de refrescar a cabeça percorrendo o centro comercial de Atenas. Quando vendedores como vocês o assediavam, ele respondia: 'Estou apenas observando quanta coisa existe de que não preciso para ser feliz’.
Frei Betto - 06-Jun-2008
'Encontrei Daniela, 10 anos, no elevador, às nove da manhã, e perguntei: 'Não foi à aula?' Ela respondeu: 'Não, tenho aula à tarde'. Comemorei: 'Que bom, então de manhã você pode brincar, dormir até mais tarde '.
'Não', retrucou ela, 'tenho tanta coisa de manhã...' 'Que tanta coisa?', perguntei. 'Aulas de inglês, de balé, de pintura, piscina', e começou a elencar seu programa de garota robotizada. Fiquei pensando: 'Que pena, a Daniela não disse 'tenho aula de meditação'!
Estamos construindo super-homens e super-mulheres, totalmente equipados, mas emocionalmente infantilizados. Por isso, as empresas consideram agora que, mais importante que o QI, é a IE, a Inteligência Emocional . Não adianta ser um super-executivo se não consegue se relacionar com as pessoas. Ora, como seria importante os currículos escolares incluírem aulas de meditação!
Uma progressista cidade do interior de São Paulo tinha, em 1960, seis livrarias e uma academia de ginástica; hoje, tem sessenta academias de ginástica e três livrarias! Não tenho nada contra malhar o corpo, mas me preocupo com a desproporção em relação à malhação do espírito. Acho ótimo, vamos todos morrer esbeltos: 'Como estava o defunto'? 'Olha, uma maravilha, não tinha uma celulite'! Mas como fica a questão da subjetividade? Da espiritualidade? Da ociosidade amorosa?
Outrora, falava-se em realidade: análise da realidade, inserir-se na realidade, conhecer a realidade. Hoje, a palavra é virtualidade. Tudo é virtual. Pode-se fazer sexo virtual pela internet: não se pega Aids, não há envolvimento emocional, controla-se no mouse. Trancado em seu quarto em Brasília, um homem pode ter uma amiga íntima em Tóquio, sem nenhuma preocupação de conhecer o seu vizinho de prédio ou de quadra! Tudo é virtual, entramos na virtualidade de todos os valores, não há compromisso com o real! É muito grave esse processo de abstração da linguagem, de sentimentos: somos místicos virtuais, religiosos virtuais, cidadãos virtuais. Enquanto isso, a realidade vai por outro lado, pois somos também eticamente virtuais.
A cultura começa onde a natureza termina. Cultura é o refinamento do espírito. Televisão, no Brasil com raras e honrosas exceções , é um problema: a cada semana que passa temos a sensação de que ficamos um pouco menos cultos. A palavra hoje é 'entretenimento' ; domingo, então , é o dia nacional da imbecilização coletiva. Imbecil o apresentador, imbecil quem vai lá e se apresenta no palco, imbecil quem perde a tarde diante da tela. Como a publicidade não consegue vender felicidade, passa a ilusão de que felicidade é o resultado da soma de prazeres: 'Se tomar este refrigerante, vestir este tênis, usar esta camisa, comprar este carro, você chega lá!' O problema é que, em geral, não se chega! Quem cede, desenvolve de tal maneira o desejo que acaba precisando de um analista. Ou de remédios. Quem resiste, aumenta a neurose.
Os psicanalistas tentam descobrir o que fazer com o desejo dos seus pacientes. Colocá-los aonde? Eu, que não sou da área, posso me dar o direito de apresentar uma sugestão. Acho que só há uma saída: virar o desejo para dentro. Porque para fora ele não tem aonde ir! O grande desafio é virar o desejo para dentro, gostar de si mesmo, começar a ver o quanto é bom ser livre de todo esse condicionamento globalizante, neoliberal, consumista. Assim, pode-se viver melhor. Aliás, para uma boa saúde mental três requisitos são indispensáveis: amizades, auto-estima,
ausência de estresse.
Há uma lógica religiosa no consumismo pós-moderno. Se alguém vai à Europa e visita uma pequena cidade onde há uma catedral, deve procurar saber a história daquela cidade - a catedral é o sinal de que ela tem história. Na Idade Média, as cidades adquiriam status construindo uma catedral; hoje, no Brasil, constrói-se um shopping center. É curioso: a maioria dos shopping centers tem linhas arquitetônicas de catedrais estilizadas; neles não se pode ir de qualquer maneira, é preciso vestir roupa de missa de domingo. E ali dentro sente-se uma sensação
paradisíaca: não há mendigos, crianças de rua, sujeira pelas calçadas...
Entra-se naqueles claustros ao som do gregoriano pós-moderno, aquela musiquinha de esperar dentista. Observam-se os vários nichos, todas aquelas capelas com os veneráveis objetos de consumo, acolitados por
belas sacerdotisas. Quem pode comprar à vista, sente-se no reino dos céus. Se deve passar cheque pré-datado, pagar a crédito, entrar no cheque especial, sente-se no purgatório. Mas se não pode comprar, certamente vai se sentir no inferno... Felizmente, terminam todos na eucaristia pós-moderna, irmanados na mesma mesa, com o mesmo suco e o mesmo hambúrguer do McDonald's.
Costumo advertir os balconistas que me cercam à porta das lojas: 'Estou apenas fazendo um passeio “socrático” Diante de seus olhares espantados, explico: 'Sócrates, filósofo grego, também gostava de refrescar a cabeça percorrendo o centro comercial de Atenas. Quando vendedores como vocês o assediavam, ele respondia: 'Estou apenas observando quanta coisa existe de que não preciso para ser feliz’.
Frei Betto - 06-Jun-2008
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
Brazilian Day no Site OiToronto.ca
Nos fomos!!! (AGORA COM O VIDEO CERTO... QUE FURO NOSSO! OBRIGADO A MARTHA PELA CORRECAO!)
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Quebec da Garoa nao mudou de nome...
Inicio do ano letivo, volta das ferias, Caco mudou de classe - agora ele eh um "Senior Friend" como ele diz! Ufa!
Fora isso tudo tem a luta contra a leve depre que desta vez veio apos o retorno.
Mas o mais legal eh a Bibi na escola, Grade 1, vai de bus e tudo mais! Ela adora e tem fome de aprender: chega em casa agora e mostra as novidades. Pega os livros em Frances que quer ler. E assim vai... Eh, em Frances! Ela esta na imersao em Frances, uma opcao que temos aqui, pra que ela estude na lingua francesa a maior parte do tempo, pra que tenha fluencia em ambas.
Seria esta uma chance deste blog nao mudar de nome? A musica abaixo, que ja publiquei por aqui, tem uma frase que... Sei la... "Alors partons vite si tu veux bien, Sans retour…"
Fora isso tudo tem a luta contra a leve depre que desta vez veio apos o retorno.
Mas o mais legal eh a Bibi na escola, Grade 1, vai de bus e tudo mais! Ela adora e tem fome de aprender: chega em casa agora e mostra as novidades. Pega os livros em Frances que quer ler. E assim vai... Eh, em Frances! Ela esta na imersao em Frances, uma opcao que temos aqui, pra que ela estude na lingua francesa a maior parte do tempo, pra que tenha fluencia em ambas.
Seria esta uma chance deste blog nao mudar de nome? A musica abaixo, que ja publiquei por aqui, tem uma frase que... Sei la... "Alors partons vite si tu veux bien, Sans retour…"
sábado, 8 de agosto de 2009
Conhecer o sabor amargo sem prova-lo
Um fato ocorrido esta semana me fez pensar sobre a diferenca entre pesos e medidas usados pra mensurar valores sociais - comparacao entre uma sociedade mais igual e outra de grandes contrastes.
Triste noticia anunciou a morte de um rapaz no continente africano. Desde o desaparecimento dele ha algumas semanas, a midia vem cobrindo todos os passos e detalhes, buscas, multiroes na internet, dia apos dia com farto espaco nos meios de divulgacao em massa. Apos a confirmacao da morte, o noticiario se apliou, com varias insercoes diarias nos diversos telejornais, fotos de sua peregrinacao, familia, amigos, causa-mortis, tristeza, homenagem.
Mais ou menos no mesmo dia, desapareceu num suburbio qualquer o Ze. Ele tambem era boa pessoa, trabalhador, familia, amigos, filhos. Apos 12 horas de trabalho diario, Ze estudava pra tentar melhorar de vida. No final de semana fazia trabalho voluntario com criancas na sociedade amigos do bairro. Confundido com um traficante da favela, ele foi sequestrado, espancado ate a morte, e seu corpo foi encontrado no mesmo dia que seu compatriota, mas nao numa montanha, num corrego. No folhetim popular da cidade, uma nota de 3 linhas na pagina criminal anunciou o fato. Ze tambem ficara famoso.
A diferenca e a principal amiga da violencia.
PS. O personagem Ze e ficticio, baseado em inumeros casos reais indiferentemente conhecidos de todos nos.
Triste noticia anunciou a morte de um rapaz no continente africano. Desde o desaparecimento dele ha algumas semanas, a midia vem cobrindo todos os passos e detalhes, buscas, multiroes na internet, dia apos dia com farto espaco nos meios de divulgacao em massa. Apos a confirmacao da morte, o noticiario se apliou, com varias insercoes diarias nos diversos telejornais, fotos de sua peregrinacao, familia, amigos, causa-mortis, tristeza, homenagem.
Mais ou menos no mesmo dia, desapareceu num suburbio qualquer o Ze. Ele tambem era boa pessoa, trabalhador, familia, amigos, filhos. Apos 12 horas de trabalho diario, Ze estudava pra tentar melhorar de vida. No final de semana fazia trabalho voluntario com criancas na sociedade amigos do bairro. Confundido com um traficante da favela, ele foi sequestrado, espancado ate a morte, e seu corpo foi encontrado no mesmo dia que seu compatriota, mas nao numa montanha, num corrego. No folhetim popular da cidade, uma nota de 3 linhas na pagina criminal anunciou o fato. Ze tambem ficara famoso.
A diferenca e a principal amiga da violencia.
PS. O personagem Ze e ficticio, baseado em inumeros casos reais indiferentemente conhecidos de todos nos.
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